Chanceleres do G20 se reúnem em Bueno Aires no próximo dia 21

Os Ministros das Relações Exteriores do G20 (grupo das vinte maiores economias do mundo) se reunirão no próximo dia 21, em Buenos Aires para debater o “desenvolvimento justo e equitativo” nos países. Mas dois temas que não estavam previstos na agenda certamente serão discutidos: as eleições presidenciais da Venezuela do próximo domingo, 20, que a oposição decidiu boicotar por considerá-las uma fraude, e o impacto do aumento do dólar sobre a Argentina, que na semana passada recorreu a ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) pela primeira vez em 13 anos.

A Argentina preside o G20 até o final deste ano, quando será realizada uma cúpula de chefes-de-governo e de estado em Buenos Aires. O tema da presidência argentina, “Construir consenso para um desenvolvimento justo e equitativo”, trata da necessidade de investir em infraestrutura e educação, para fazer frente aos desafios do futuro – num cenário onde as inovações tecnológicas estão mudando o mercado de trabalho.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, assumiu em 2015 com a promessa de modernizar o pais, abrindo a economia para atrair capitais e investindo em infraestrutura. Mas a decisão do governo norte-americano de aumentar as taxas de juros levou muitos investidores a tirarem seu dinheiro dos mercados emergentes, onde correm mais riscos, para aplicá-los nos Estados Unidos, onde passou a render mais.

O Banco Central argentino se viu obrigado a elevar as taxas de juros de suas letras a 40%, na tentativa de atrair de volta os investidores, e a recorrer ao FMI, para reestabelecer a confiança em seu mercado. Mas também terá que fazer ajustes – entre eles, o corte nos gastos com obras publicas. Na semana passada, a Argentina buscou apoio internacional para a sua decisão, que tem sofrido resistência dentro do pais.

Os membros do G20 são: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Franca, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Coreia do Sul, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia.

Fonte: Agência Brasil




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