A Polícia Civil (PC) apresentou na manhã dessa terça-feira, 27, um homem de 28 anos, suspeito de ter assassinado um jovem de 18 anos, no dia 14 de janeiro de 2018, no bairro Jardim Natal, zona Norte.
Na ocasião, a vítima encontrava-se em uma rua do bairro, quando foi atingida por dez disparos de arma de fogo no rosto e um na nuca. A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados, entretanto, o jovem já estava sem sinais vitais. Nenhum suspeito do crime foi identificado na época.
O titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Armando Avolio Neto, explicou que após as investigações, a PC conseguiu identificar dois grupos rivais no bairro Jardim Natal. “As disputas entre essas duas gangues se acirraram depois de um roubo ocorrido em novembro de 2016. Na época, um dos grupos assassinou um integrante do outro grupo, 19 anos, com 21 tiros. Dois dias após o ocorrido, como forma de retaliação, houve outra morte”, esclareceu.
A rivalidade entre os grupos continuou crescendo ao longo dos meses e o jovem executado em janeiro deste ano, que era parente de um dos integrantes assassinado em 2016, também foi morto por vingança. De acordo com o delegado, fica claro que o crime tem natureza de execução devido à quantidade de tiros efetuados.
Com o avanço das investigações e identificação dos integrantes das gangues, a Polícia Civil conseguiu chegar até o suspeito, em sua residência, no bairro Jardim Natal, no último sábado, 24. Ele segue detido no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) em virtude de mandado de prisão expedido pela Justiça.
Avolio reforçou que a apuração do crime continua e que equipes da PC seguem na busca pela identificação dos membros das gangues. “Acreditamos que mais pessoas estão envolvidas neste homicídio. Assim que os integrantes dos grupos forem identificados, cada um responderá pelos crimes cometidos” explicou.
Tanto o suspeito quanto o jovem assassinado tinham passagem pela polícia por crimes como, homicídios, tráfico de drogas e porte de arma. O caso agora segue para a Justiça
IDENTIFICAÇÃO DE GANGUES
O delegado também destacou a queda de homicídios no ano de 2017 e atribui como um dos motivos para tal fato, a identificação de gangues e de seus integrantes. “A identificação inibe a atuação desses indivíduos e as informações levantadas são utilizadas por outras equipes da polícia, que terão orientações mais precisas de como lidar com tais indivíduos”, concluiu.
A PC relembrou que qualquer pessoa pode colaborar com as investigações através do disque-denúncia, pelo número 181. As ligações são anônimas.