Chocolate é bom e todo mundo gosta. Com a chegada da Páscoa, resistir a essa “gostosura” é praticamente impossível. Os chocólatras que o digam. Nesta época, os supermercados estão cheios de ovos e barras de chocolates, bem como os estabelecimentos do ramo que comercializam o produto em grande escala. Mesmo sendo bom, de acordo com a nutricionista Adriana Vargas, o chocolate deve ser consumido com moderação.
“Não é recomendável comer mais de 50 gramas por dia. Existem pessoas que comem muito chocolate e não abre mão. É um produto que vicia, mas essa dependência não está associada ao cacau, ela ocorre por conta da grande quantidade de açúcar e dos intensificadores de sabor, presentes em alguns tipos”, explica.
Segundo ela, o consumo em excesso, independente do alimento, traz malefícios para o corpo. “O exagero no chocolate pode ocasionar aumento do colesterol ruim, gordura no fígado, estômago irritado e mudanças na pele. A gordura hidrogenada, presente em quase todos os alimentos, também compõe os mais variados tipos de chocolate. Ela é responsável pelo crescimento de casos Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto, que tem atingido a sociedade de forma precoce”, afirma.
Apesar disso, o consumo do chocolate, rico em cacau, está relacionado com alguns benefícios. “A semente do cacau é rica em substâncias como os polifenóis e os flavonoides, que causam efeito antioxidante no organismo, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, de câncer, de estresse e depressão. O chocolate ajuda na liberação de serotonina, hormônio que dá a sensação de bem-estar”, diz.
TIPOS DE CHOCOLATE
Mas, afinal, quais são os tipos de chocolates? Branco, ao leite, meio amargo, amargo e diet são tipos mais vistos no mercado. Adriana explica os benefícios e malefícios que eles podem ter.
Conforme a especialista, o chocolate branco, em sua composição, contém somente 4% de cacau. “É um material composto de leite, gordura hidrogenada e aromatizante, que proporciona o sabor do cacau. As pessoas gostam, pois ele muito açucarado e tem sabor agradável, mas não traz coisas boas para o corpo”, explica.
Já o chocolate ao leite, é produzido com cerca de 30% de cacau, contendo grandes quantidades de açucares e outros ingredientes. “Seu consumo está relacionado ao excesso de peso, diabetes, hipertensão e outras doenças”, reforça Adriana.
Ela afirma ainda que chocolate meio amargo possui, em média, de 40% a 50% de cacau na composição, enquanto que no amargo, o cacau é o principal ingrediente, e está presente em 70% da mistura. “Esse é o chocolate perfeito para saúde. O ideal é que ele tenha acima de 70% de cacau, mas, como o brasileiro tem ‘problemas’ com o sabor amargo, mais de 55% já é o suficiente para trazer benefícios”, diz.
Para os indivíduos que possuem algum tipo de restrição a açúcares e derivados, o diet pode ser a solução, apesar de ele, ainda assim, não trazer tantas vantagens para o corpo. “Mesmo que o açúcar é retirado da receita, ele contém outros ingredientes artificiais”, comenta a nutricionista.