Vítimas de incêndio em imóveis na Floriano Peixoto voltam às ruas para protestar

Moradores, vítimas de incêndio ocorrido na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Floriano Peixoto, na região central, em 2011, voltaram às ruas na tarde dessa terça-feira, 13, para pressionar o juiz da 8ª Vara Cível de Juiz de Fora, Sergio Murilo Pacelli, a definir a sentença do processo requerido pelos residentes. Pouco tempo depois do incidente, eles entraram com ação por danos morais e materiais contra uma loja de artigos festivos e uma de artefatos de borracha, ambos os imóveis também foram atingidos pelo fogo na ocasião. Quase sete anos depois, os moradores ainda aguardam indenização. O ato foi realizado em frente ao Benjamin Colucci, no Parque Halfeld.

“A nossa situação é de penúria, piedade. O juiz não define a sentença. Tudo isso era para ter sido resolvido no final do ano passado, quando foi realizada a audiência, mas o julgamento não foi concluído, pois os peritos da Prefeitura e da Polícia Civil não compareceram”, afirma José Franco Valentim, um dos organizadores do manifesto. “O processo está parado na sala do juiz. Estamos aguardando há muitos anos”, acrescenta.
O morador também conta que na época teve grande prejuízo. Tanto uma loja e quanto um apartamento de sua propriedade, foram atingidos pelo incêndio, desde então, ele e sua mãe, de 70 anos, residem em um hotel. “O proprietário do local me cobra um valor simbólico para morar. Mesmo assim, ainda dependo da ajuda de familiares. Perdi tudo naquele dia, móveis roupas, e todo o dinheiro que tinha na poupança foi aplicado para cobrir eventuais danos. Minha mãe precisou fazer empréstimos para conseguir nos manter, mas ficou difícil de pagar”, conta.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da 8ª Vara Cível que esclareceu “que não pode se pronunciar sobre o mérito do processo, uma vez que o mesmo se encontra em andamento. A assessoria também alega que a condução do processo está rigorosamente em dia.

O INCÊNDIO

O incêndio ocorreu no dia 24 de outubro de 2011 e teria iniciado no estabelecimento de artigos para festas. Devido ao material armazenado pela loja, as chamas se espalharam, atingindo a loja de borrachas e outros três imóveis. Não houve vítimas. Em matéria publicada pelo jornal, em setembro do ano passado, o tenente do Corpo de Bombeiros, Evandro da Silva explicou que “Havia muito material combustível e inflamável. Atuamos tentando concentrar as chamas em um local para que fossem extintas. Porém, por algum motivo, o fogo tinha se alastrado e atingido o Castelo da Borracha. Solicitamos apoio para que o incêndio não se alastrasse mais”, disse, na ocasião.




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