Uma nova etapa da operação “Migro” foi desencadeada na região pela Polícia Militar (PM), na tarde de sexta-feira, 9. Postos de fiscalização foram montados ao longo dos 342 km de divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A ação ocorreu após o governo federal decretar intervenção na área de segurança do estado vizinho, com intuito de impedir que criminosos e fugitivos migrem para as cidades mineiras.
De acordo com o assessor de Comunicação da 4ª Região da PM, major Jovanio Campos, a operação foi elaborada nos mesmos moldes da primeira etapa, realizada no dia 23 de fevereiro. Cerca de 300 policiais e 88 viaturas estiveram empenhados nos 22 municípios que fazem parte da fronteira. “A ação vem sendo suplementada por viaturas especializadas ou com o efetivo local. Enquanto a situação de intervenção federal permanecer no Rio, ela continuará sendo feita. O principal é a prevenção, evitando que Minas receba os infratores do estado vizinho”, diz.
Durante a operação, além dos bloqueios que foram feitos ao longo de pontos estratégicos das vias, carros, motos, caminhões e ônibus foram abordados pela Polícia, na busca de armas e drogas. Segundo o major, apesar de a ação ter caráter preventivo, o início da intervenção no Rio não causou impacto na ordem pública de Minas Gerais. “Temos visto que tanto antes quanto depois da intervenção, a situação do nosso estado permanece a mesma. Tudo o que foi planejado pela PM tem sido correspondido. Existe uma situação silenciosa, mas que a todo o momento é vigilante, que é o nosso Serviço de Inteligência de Segurança Pública, que troca informações com outras agências de segurança, com a finalidade de levantar dados dos suspeitos que podem vir para cá”, explica.
PRIMEIRA ETAPA
Trinta e oito operações foram deflagradas na primeira etapa, segundo a PM. Foram 1.806 veículos abordados, 2.843 pessoas vistoriadas, o que resultou na prisão de cinco criminosos, ambos ligados à posse ilegal de arma ou tráfico de drogas.
Campos alerta a população pode ajudar a polícia através do Disque Denúncia 181. “O anonimato é garantido. Por meio das informações, a PM consegue intervir nas pessoas que possam ter alguma ligação com a criminalidade no Rio de Janeiro”, diz.