A febre amarela já fez 108 vítimas fatais em todo o estado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 6, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG). De acordo com a pasta, desde o início do 2º período de monitoramento da doença (julho/2017 a junho/2018), foram confirmados 320 casos e outros 624 continuam em investigação.
Na Unidade Regional de Juiz de Fora, que abrange 19 municípios, já são 51 casos confirmados de febre amarela, dos quais 24 evoluíram para óbito. Só na cidade, 23 pessoas contraíram a doença e cinco morreram.
Ainda de acordo com os dados da SES/MG, mais do 87% (280) das vítimas da doença são homens e 12,5% (40) são mulheres. Dentre os óbitos, seis foram de pacientes do sexo feminino, o equivalente a 5,6% do total de mortes confirmados.
A mediana de idade dos casos confirmados é de 48 anos (3 – 88 anos) e a letalidade em Minas Gerais é de aproximadamente 33,8%.
CASOS EM PESSOAS VACINADAS
Dentre os casos em investigação no estado, há 11 registros de pessoas com histórico de vacinação prévia e exame positivo para febre amarela. Segundo a Secretaria, esses pacientes estão sendo acompanhados para levantamento de informações clínicas e epidemiológicas e uma comissão trabalha em parceria com o Ministério da Saúde para investigar os casos.
A SES/MG ressalta que a eficácia da vacina é de 95% a 98%, sendo considerada altamente segura na prevenção da transmissão do vírus. A pasta também ressalta que a recomendação da Organização Mundial de Saúde é de que uma única dose confere proteção por toda a vida.
Os dados divulgados nesta terça-feira, 6, apontam que, atualmente, a cobertura vacinal acumulada em Minas Gerais está em torno de 90%. A estimativa é de que 1.986.836 pessoas ainda não foram vacinadas, especialmente na faixa-etária de 15 a 59 anos, a mais acometida pela epidemia de febre amarela silvestre de 2017.
Dos 853 municípios mineiros, 217 não alcançaram 80% de cobertura vacinal; outros 294 têm entre 80% e 94,9% de seus moradores vacinados, e 342 estão com índice de cobertura acima de 95%, o recomendado pelo Ministério da Saúde.
Como medida de proteção individual, recomenda-se, ainda, que a população mais exposta à circulação do vírus alie a imunização ao uso de repelentes.