Um paraíso litorâneo chamado Ilha Grande

ILHA GRANDE é considerada uma das sete maravilhas do Rio de Janeiro. Em 1502 o navegador português Gonçalo Coelho descobriu a Ilha Grande. Esta foi palco de variados acontecimentos na história do Brasil. A ilha possui uma variedade de atrações sobre e sob o mar e também em terra. Formada por montanhas, cachoeiras, mais de cem praias, inúmeros vilarejos caiçaras, ponto de mergulho, enseadas para ancorar seguro.

A ilha é 87 por cento de sua área Parque Estadual da Ilha Grande, Parque Estadual Marinho do Aventureiro e Reserva Biológica da Praia do Sul, visitada todos os anos por milhares de turistas, oriundo de todas as partes do globo.

São 193 km², com 116 praias e 155 km de litoral. Montanhosa, a parte mais alta atinge 1.030 metros no Pico da Pedra D’Água. Conselho para o turista desconectar-se e relaxar na ilha, esse é o segredo para aproveitar tudo que ela tem de bom. Tanto na Vila do Abraão como em toda a Ilha Grande não existem bancos ou caixas eletrônicos. Nem todos os estabelecimentos comerciais aceitam cartões de crédito.

 

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A vegetação da ilha é composta por espécies arbóreas de grande porte, formações de mangue e restinga, além de sítios de relevante interesse arqueológico (Foto: Divulgação)

Telefonia celular e internet também são escassos na ilha e mesmo no Abraão costuma faltar sinal para ambos. Os melhores lugares para estar conectado por via celular são nas localidades voltadas para o continente, desde Palmas até Araçatiba funcionam, porém, existem alguns pontos de sombra. Para chegar à ilha existem dois pontos de acesso: o mais prático é ir até o centro de Angra dos Reis e de lá pegar o catamarã de alto desempenho, mais rápido e caro ou as barcas, mais lentas e baratas. Também existem as escunas. O preço varia nas barcas, onde a travessia pode levar até duas horas, dependendo do estado do mar, a travessia de catamarã faz o trajeto em apenas 40 minutos. Os preços das escunas variam conforme os dias de semana e feriados. Para checar preços e horários, sempre faça uma pesquisa previa nos sites oficiais da prefeitura de Angra e nos da Ilha Grande.

Para quem chega de Juiz de Fora, o mais prático, porém, não o mais rápido, é ir até Mangaratiba e no centro da cidade, em sua área portuária e sinalizada para este fim, embarcar na Barca com capacidade para até 1000 pessoas – esta travessia pode ser muito demorada e com mar bravio dependendo da época do ano. No geral, durante o verão o mar é tranquilo, mas ao final da tarde tome cuidado com as tempestades de verão, que levantam o mar e podem causar enjoos devido ao balanço do barco.

Falar da vida na Vila do Abraão é muito prazeroso. Lá o tempo tem oura conotação e o importante mesmo, é não ter pressa, esquecer o relógio dentro da mala. Para curtir de dia ou de noite a vila, o importante é estar sintonizado com a calma e quietude do local, que claro, na alta temporada pode ficar bem mais agitado. Existe na região no centro da vila, pequenas lojas e muitas opções de hospedagem, desde pousadas com conceito alternativo, até outras bem bacanérrimas, cheias de luxo e sofisticação. De dia acorde cedo e vá para as praias iluminadas pelo sol que nasce no leste – de frente para o mar do lado esquerdo. Passando o cais de embarque seguindo pela orla o turista vai encontrar o portal do Parque Estadual da Ilha Grande. Podemos optar por fazer a trilha do lado esquerdo e acessar a praia Preta, do Lazaredo e outras duas bem pequenas. Na praia do Lazaredo a grande atração é uma bonita lagoa de água doce onde é permitido o banho.

À tarde, já com o sol partindo para o lado oeste, onde se pões, percorra a praia de Abraão e siga por uma trilha a beira mar para encontrar as praias da Julia, do Canto e Crena. Desta última pode pegar a trilha para a Praia do Abraãozinho, onde tem bar de praia e uma bela vista da Baia de Mangaratiba.

A noite é para ser passada no centrinho da Vila de frente a Igreja de São Sebastião, onde os doceiros tradicionais vendem suas delicias. Ali o turista encontra também várias opções de bares a beira mar e os artesãos com sues “brioches”.

Praia do Canto, situada no canto esquerdo da Praia Grande do Abrão, cerca de dez minutos de caminhada da vila, tem ótimos restaurantes a beira mar, sombra das amendoeiras e areia fofa e amarelada. Acesso a várias praias. Abraãozinho está localizada após a Praia da Crena de onde parte uma trilha bem aberta e fácil, quinze minutos de caminhada. Tem um restaurante na beira de praia com pé na areia, com águas claras e muita mata. Pode-se pegar um Táxi-Boat na Vila, cinco minutos para chegar.

Enseada das Estrelas, considerada uma das enseadas mais lindas da ilha, seu nome é inspirado no fato de suas águas tranquilas, à noite, refletirem o brilho das estrelas no espelho das águas e também por existirem na profundeza do mar, muitas estrelas do mar e de diversas espécies. Com certeza, a praia mais atraente é a da Feiticeira, que possui águas transparentes e nos cantos da praia tem costões com formações coralíneas propicias para o mergulho. As outras praias como: Iguaçu, Camiranga, Perequê e de Fora tem areia fofa que se apresentam nas cores branca e amarela, convidativas ao relax.

Saco do Céu, a bacia do Saco do Céu é um daqueles lugares que nunca se esquece. Com cerca de nove praias, a do Amor é a mais setentrional da bacia e também a mais charmosa. Pequena e com águas extremamente azuis em dias plenos de sol tem acesso por trilha, está a quarenta minutos de caminhada a partir do cais da pequena vila de pescadores.

Freguesia de Santana foi muito próspera em tempos coloniais, com extensas lavouras de café e cana de açúcar. Hoje possui uma vila de pescadores, uma linda igreja colonial e águas transparentes. A partir da igreja existe acesso fácil, por terra, a Lagoa azul, parada obrigatória de todos os passeios turísticos, a Lagoa Azul seduz com os milhares de peixes multicoloridos que se aproximam dos banhistas chegando até mesmo a mordiscá-los à procura de comida. Uma piscina de atuas cristalinas, ideal para a prática de snorkel, onde também é comum avistar muitas estrelas do mar. O ponto mais visado pelos visitantes é o canal formado entre a Ilha dos Macacos e a Ilha Grande.

A Enseada Bananal é composta de quatro praias, a principal – do Bananal – concentra a maioria das pousadas. Neste local, no cais da praia, ao amanhecer, é comum ver os turistas alimentando as tartarugas no trapiche de uma pousada bem no centro da praia. Na Praia da Baleia existem ruínas de uma antiga fábrica de sardinha. Toda a região foi colonizada pelos japoneses. Uma das atrações de tirar o fôlego é subir o Mirante do Bananal, de onde se tem uma visão panorâmica de quase todas as praias deste lado da ilha. Outra grande atração é a Igreja do Divino Espírito Santo, com a calçada cravejada de vidros coloridos com temas ecológicos enfeitando a entrada principal.

 

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A ilha tem 87% de sua área dentro do Parque Estadual da Ilha Grande, Parque Estadual Marinho do Aventureiro e Reserva Biológica da Praia do Sul (Foto: Divulgação)

É preciso prender a respiração quando surge durante a navegação uma nova enseada da Ilha Grande. Porque é comum os visitantes ficarem surpresos, com tanta beleza. A Enseada do Sítio Forte é um dos locais mais aprazíveis para esquecer o tempo e a pressa das grandes cidades. Voltada para o lado de dentro do canal a enseada possui muitas praias e deliciosos recantos, como é o caso da Praia de Ubatubinha, a última praia da enseada partindo no sentido Lagoa Azul para a Gruta do Acalá. Prepare-se para ser abordado no barco por gansos que vem em busca de migalhas de pão, pode parecer surreal, mas existem muitos deles na praia.

Também aí existem passeios de um dia com lanchas provenientes ou da Vila do Abraão ou do continente. Mas o gostoso mesmo é ter pelo menos três dias e duas noites para pode conhecer melhor a região. Outras praias dignas de nota dez são as do Sítio Forte e do Tapera, ambas bem desertas, e dependendo da época do ano e com pouco movimento de barcos, é possível admirar grandes cardumes de botos com seus filhotes, brincando, pescando ou executando manobras radicais como saltar vários metros acida da linha d’água. Nas outras praias é comum avistar muitas tartarugas.

Ponta e Gruta do Acaiá, no extremo oeste da ilha, a Ponta fornece uma vista fantástica da entrada da baía. Partindo a pé da Praia Vermelha pela trilha T7 (2 horas) chega-se ao Acaiá que abriga uma gruta. Do seu interior, é possível em dias de sol, apreciar a luz que entra pela gruta com a luz transparecendo pela água e iluminando seu interior. Local ideal para mergulho profissional.

Ilha Grande, são tantas possibilidades, são tantas praias e atrações: Praia dos Meros, Praia do Aventureiro, Matariz, Praia do Leste, Praia do Sul, e muito mais. É um destino para várias viagens. Fantástico. É realmente o Paraíso.

 

DICAS DE VIAGEM

 

– Cartão de débito pré-pago não vale à pena?

Carregar grana viva pode ser arriscado, então vale para quem não quer surpresas na fatura nem se sujeitar às mudanças de câmbio. Agora, nem sempre pedem senha para cartões pré-pagos; e, desde dezembro de 2013, o IOF cobrado lá fora subiu de 0,38% para 6,38%, igualando o imposto do seu cartão de crédito, que te dá milhas e requer senha. Também foram a 6,38% os saques e as compras com carão de débito comum.

– Não dar gorjeta na gringa pode ser uma ofensa?

Enquanto nos Estados Unidos as gorjetas são mais que esperadas, no Japão o ato de dar uma gratificação em dinheiro, pasme, pode até ser considerado ofensivo. Para não errar, a página do Tip Advisor ensina como funciona o esquema de gorjeta em 49 países, tanto nos restaurantes como nas hospedagens e nos táxis da vida.

 

 

Rosa Oliveira

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