Numa sociedade castigada pela corrupção, a esperança reside nos efeitos benéficos do emprego maciço da educação no processo ensino-aprendizagem. O professor, muito além de letras e números, transmite valores. Na escola o aluno aprende a pensar. Essa é a sua função essencial: desenvolver a inteligência reflexiva. Ao focar a ética é impossível dissociá-la da educação e da qualidade das escolas.

A escola, enquanto espaço físico, precisa reunir as condições materiais para a implantação de equipamentos e programas. As novas tecnologias, aliadas à práxis do ensino, aprimoram e dinamizam o processo educacional. As inovações tecnológicas potencializam o ensino-aprendizagem; as instituições de ensino não podem prescindir delas; o docente precisa ser estimulado ao uso dos novos recursos.

Ao longo da história a escola foi adaptando-se às novas tecnologias. Num primeiro momento a educação formal era baseada em aulas expositivas, com o enfoque no discurso do professor. Depois, deu-se a invenção do quadro-negro. No início, houve resistência, e, apenas com o passar dos anos foi possível quebrar as resistências. Atualmente, temos diversas mídias educacionais. O grande desafio é saber utilizá-las de modo eficiente e permitir que elas contribuam com as práticas pedagógicas.

A escola tem sido pressionada a integrar a educação com tecnologias eletrônicas, mas nem todos os espaços físicos estão adaptados para receber os equipamentos e muitos docentes ainda não dispõem de conhecimentos teóricos e práticos para o uso dos novos recursos didáticos. Os ambientes que conseguiram reunir as condições materiais e os recursos humanos qualificados têm obtido bons resultados no processo ensino-aprendizagem.

Na Alemanha, mais de 50% dos jovens cursam escolas que utilizam o sistema dual: os estudantes ficam parte do tempo nos bancos escolares e, outra, nos escritórios das empresas, combinando conhecimento teórico com a prática em 300 profissões. No Brasil, temos uma semente do sistema dual em fase experimental no Senai que, desde 2016, ministra cursos em parceria com empresas instaladas em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os primeiros resultados mostram avanços notáveis na versatilidade dos alunos.

A boa educação prepara as pessoas para enfrentar o desconhecido no dia a dia. É preciso reconhecer o elevado papel social das novas tecnologias e tirar o máximo de proveito delas. É certo que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) abre uma nova fase na educação brasileira. Trata-se de um esforço do Estado brasileiro, prevista na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional de Educação. Porém, para que transforme a vida de milhões de crianças e adolescentes, é necessária a estreita colaboração de todas as esferas de governo.




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