O número de reclamações de pessoas que estão com mais de 50% da renda comprometida com dívidas aumentou cerca de 60% no Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon) da Câmara de Juiz de Fora.
O cidadão, que antes buscava o órgão com reclamações sobre mercadorias compradas, hoje, em razão da crise econômica, busca o Sedecon para tentar renegociar suas dívidas. A grande maioria está comprometida com dívidas no cartão de crédito ou cartão de loja, por isso, a dica é abandonar o cartão de crédito e procurar o órgão para negociar.
O problema é que muitas pessoas que estão passando por isso não procuram o órgão, seja por vergonha de expor sua vida, seja por não ter conhecimento do serviço de apoio oferecido pelo órgão. Uma das preocupações é que a maioria dos devedores recebe entre um e dois salários mínimos por mês, e alguns estão desempregados.
Segundo o diretor do Sedecon, Nilson Ferreira Neto, a primeira providência que tomamos ao receber esse devedor é verificar se os juros são abusivos. Caso sejam, fazemos uma audiência com a instituição para negociar a cobrança. “Outra questão preocupante é que mais de 50% desses devedores que nos procuram estão com o nome negativado nos serviços de proteção ao crédito”.
O que fazer para sair desta situação?
Resposta – Negociar a dívida e suspender o uso do cartão de crédito.
Renegociação depende da instituição?
Resposta – Sim. Algumas instituições têm regras mais rígidas para negociar. Mas, em razão do interesse de receber o crédito, as instituições sempre negociam.
E se houver reincidência?
Resposta – Neste caso, algumas instituições não aceitam renegociar. Mas, com o auxílio do Sedecon, muitas reabrem a negociação.
O devedor deve buscar ajuda especializada?
Resposta – Sempre deve procurar ajuda dos órgãos de defesa do consumidor. O Sedecon tem o Núcleo de Atendimento ao Superendividado
Fonte: Assessoria/CMJF