O Banco Central voltou a realizar cortes na taxa básica de juros, a Selic. Ela caiu de 7% para 6,75%, mínima histórica para a taxa. Na prática, há mais consumo, investimentos e crescimento econômico. Saiba mais sobre os efeitos dessa decisão:
FINANCIAMENTOS
A taxa básica de juros é usada como referência por todo o mercado financeiro. Ou seja, a diminuição da Selic impacta diretamente o custo do empréstimo ou financiamento que você solicita junto ao banco. Claro, juros do cartão de crédito ou cheque especial continuam muito altos, mas se você for financiar um imóvel ou um apartamento, essa queda pode vir a calhar.
RENDA PRESERVADA
Uma taxa de juros menor é um reflexo da inflação sob controle, que é justamente o caso aqui no Brasil. Ela está cada vez mais baixa, o que estimula os cortes na Selic. “O juro caindo tem um significado único que é de que a inflação está sob controle. Então, muito provavelmente, a renda das pessoas está preservada”, afirma o economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agostini.
CONSUMO
Como a taxa básica de juros é o principal instrumento que o Banco Central possui para controlar a inflação, quando ela cai, há maior acesso ao crédito. Ou seja, as pessoas podem consumir mais, o que aquece a economia.
INVESTIMENTOS
Assim como no caso da pessoa física, as empresas passam a lidar com custos financeiros menores. Fica mais barato contrair empréstimos e expandir a produção, conforme aponta Agostini. “Isso é importante para as empresas, que passam a investir mais na produção e no capital de giro. Isso gera um potencial de investimento ao longo do tempo”, aponta.
MAIS ECONOMIA
Uma boa fatia dos títulos públicos é atrelada à Selic. Assim como em um empréstimo comum, há um gasto com os conhecidos juros da dívida pública todo mês. Se a Selic diminui, o governo para de gastar tanto com juros e pode colocar esse dinheiro em área prioritárias e equilibrar as contas também. “Esse efeito é importante porque, naturalmente, se você paga menos juros, sobra mais dinheiro para fazer outras coisas. O governo ganha uma capacidade maior para honrar compromissos, realizar investimentos e custear outras despesas”, diz o economista.
Fonte: Portal Brasil