O presidente Michel Temer reafirmou que o Brasil retomou o rumo do desenvolvimento em seu governo, em um evento da Caixa Econômica Federal (Caixa), em Brasília. Temer destacou o papel social do banco e voltou a defender as principais ações de seu governo, como a definição de um teto para os gastos públicos, a reforma do ensino médio e a retomada da abertura de vagas de trabalho.
“Este governo, de um ano e oito meses, fez o que o Brasil precisava e, nesse particular, a Caixa teve sempre um papel extraordinário.
Todos sabem que a vocação da Caixa transcende e supera muito a de um banco comercial. Lembro da alegria quando liberamos o Fundo de Garantia [por Tempo de Serviço], aqueles R$44 bilhões que injetamos na economia brasileira”, disse Temer. “E agora ainda estamos lançando o pagamento das contas do PIS/Pasep, que pode colocar R$1,6 bilhão em circulação. Nesses casos todos, a Caixa foi fundamental para levar adiante operações de enorme complexidade”, completou o presidente.
O presidente lembrou ainda da participação do banco para a execução do programa Minha Casa, Minha Vida, que deve contratar este ano cerca de 700 mil novas unidades, e em projetos de modernização da infraestrutura do país e de atração de investimentos no âmbito do programa Agora, é Avançar.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também exaltou a melhoria na governança e parceria do banco para consolidar ações pelo crescimento econômico do país. “A Caixa trabalha na mesma direção com que estamos trabalhando no país, com programas de ganho de eficiência, dimensionamento da rede, com automação e melhoria nos processos”, disse. “A Caixa financia o consumo e o investimento, seja residencial, comercial, seja das empresas, e, portanto esta inserida dentro da economia diretamente”.
Empréstimos
O ministro disse que o Banco Central está avaliando se será necessário e qual a correta alocação de capital da Caixa para os empréstimos da Caixa a estados e municípios, suspensos pela instituição financeira. “Na medida em que estamos falando dos empréstimos com garantia do Tesouro Nacional, aí é sem risco para a Caixa e alocação zero de capital.
Mas para os empréstimos onde não há garantia do Tesouro Nacional, pode se discutir a questão em que esses estados têm fundos de participação”, disse.
O ministro explicou que, qualquer banco que faz empréstimos capta os recursos dos depositantes, mas também precisa ter capital próprio que possa cobrir eventuais não pagamentos e dificuldade de créditos. “Mas é importante dizer que o histórico de pagamentos de estados e municípios para a Caixa é bom, o nível de perda é mínimo.
Portanto, isso é fator da maior relevância, que está sendo levado em conta”, ressaltou.
Segundo Meirelles, em uma semana, o Banco Central deve divulgar as normas técnicas precisas para que se possa retomar as operações de empréstimos da Caixa para estados e municípios. No último dia 26, a Caixa anunciou a suspensão temporária da concessão de créditos destinados a entes públicos da administração direta, em razão da aprovação do novo plano de capital pelo Conselho de Administração do banco.
Permanecem inalterados os empréstimos com garantias da União e para companhias de saneamento.
Fonte: Agência Brasil