Por que ocorrem guerras se ninguém as deseja?

Certo dia fui consultado por um politico importante, que disse:
“Desejo que haja paz no mundo. Gostaria que não houvesse mais guerra. E creio que para isso é necessário o apoio das forças religiosas. Como sou politico, não entendo muito de religião. Mas creio que, enquanto a humanidade não se unir por meio do sentimento de amor ao próximo, não haverá paz na Terra. Que devemos fazer para extingui! a guerra e estabelecer a paz neste mundo? Vim consultá-lo, para ouvir a opinião abalizada de um religioso”.
Creio que todos têm sério interesse em saber o que se deve fazer para acabar com as guerras e estabelecer a paz no mundo. Que devemos fazer para que deixem de ocorrer guerras neste mundo? Segundo a UNESCO, “a guerra surge primeiramente na mente do homem e depois se manifesta no mundo concreto”. Há mais de trinta anos* – portanto, bem antes da fundação da UNESCO – a Seicho-No-Ie já pregava que os conflitos ocorrem primeiramente no mundo mental.
A verdadeira imagem do ser humano e do mundo é perfeita, harmoniosa e serena como a Lua. No entanto, a humanidade não vê essa Imagem Verdadeira e visualiza um mundo cheio de hostilidades, imperfeito como a Lua encoberta por nuvens. A hostilidade criada no mundo mental projeta-se no mundo concreto, e então inicia-se a guerra. Portanto, se não gerarmos hostilidade no mundo mental, não ocorrerão guerras. Para não gerar hostilidade no mundo mental, é preciso conhecer o poder da palavra. A Seicho–No-Ie é conhecida como “religião que enfatiza o poder da palavra”. Mas não é só a Seicho-No-Ie que prega isso – todas as religiões fazem o mesmo. A Seicho-No-Ie prega que os ensinamentos de todas as religiões se identificam na essência. Na realidade, todas as religiões ensinam a mesma Verdade. Sobre o poder da palavra, o cristianismo ensina, no primeiro capitulo do Evangelho Segundo João: “No principio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele; e sem ele nada foi feito”.

A essência de tudo é o Verbo (palavra)
“No principio existia o Verbo (palavra).” “Principio” aqui significa o início de tudo, a origem de tudo. O Verbo cria todas as coisas. Em japonês, o verbo que significa “for-mar-se” ou “completar-se” é naru, que tem relação com outro verbo, que significa “soar” ou “vibrar” e que também se pronuncia naru (embora o ideograma seja diferente). Podemos, pois, inferir que as “vibrações da palavra” dão origem à manifestação de formas concretas que podemos captar com os olhos fisicos.




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