Com a chegada das férias e do verão, lagoas, clubes, balneários e cachoeiras se tornam os lugares prediletos das famílias que procuram diversão. No entanto, basta apenas um descuido para que a alegria termine em tragédia. Por conta disso, o Corpo de Bombeiros dá algumas dicas para evitar afogamentos.
De acordo com o tenente Evandro da Silva, o banhista deve observar se no local há permissão para prática de banho. “Nunca se deve adentrar em um local onde há proibição, pois esse espaço pode oferecer risco de vida. A água pode estar contaminada ou envolver outras situações”, explica.
Cachoeiras e balneários são cheios de pedras, que costumam acumular limo. Ao transitar sobre elas, o banhista pode escorregar e se machucar. Portanto, é preciso ter cuidados. “O ideal é evitar andar nesses locais, que são caracterizados por pedras submersas e águas turvas. Banhistas que estão acostumados com praias e piscinas, em que as águas são mais claras, geralmente não terão visão do fundo, fator que pode ocasionar um acidente”, alerta.
As praias exigem outro tipo de postura. “Sempre tem aquela pessoa que costuma nadar por longas distâncias e esquece que ela vai ter que retornar. A fadiga, o cansaço, o despreparo físico pode surpreendê-la e ela acabar se afogando”, explica Silva. A presença do salva-vidas precisa ser respeitada. Também é fundamental que nunca se entre em rios, lagos, piscinas ou mar após ter ingerido bebida alcoólica. “O álcool no sangue retira os reflexos da pessoa e pode causar uma grande tragédia”, lembra o tenente.
OLHO NAS CRIANÇAS
Em média, 17 brasileiros morrem afogados todos os dias, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). O afogamento é a segunda causa de óbito de crianças de um a nove anos de idade, e a terceira entre jovens de 10 a 14 anos. Cerca de 51% das mortes em piscinas, por afogamento, estão relacionadas com crianças na faixa de um a nove anos de idade, enquanto 44% dos afogamentos no país ocorrem entre os meses de novembro a fevereiro, marcado pelo verão. Por isso, o cuidado com as crianças também deve ser redobrado.
“O mínimo de água é o suficiente para que elas se acidentem até mesmo nas piscinas que são destinadas a elas. O que acontece é que muitas das vezes os responsáveis as deixam sozinhas e vão fazer outras coisas”, afirma Silva.
O tenente do Corpo de Bombeiros diz que não é aconselhado pular na água para salvar uma pessoa vítima de afogamento sem a experiência necessária e sem conhecer o local. “A menos que o local seja uma piscina em que a pessoa dê pé, não se deve entrar na água para tentar salvar uma pessoa. A orientação é jogar uma boia, uma corda ou algum artefato que a vítima possa segurar até a chegada do salva-vidas”, orienta. O Corpo de Bombeiros deve ser acionado imediatamente através do número 193.