A reabertura do Museu Mariano Procópio está condicionada ao resultado da análise do macaco encontrado morto nas dependências do Parque do local na manhã dessa quarta-feira, 3. Conforme a Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a Fundação Ezequiel Dias (Funed), instituição responsável pela avaliação técnica, tem no mínimo 30 dias para o envio do resultado.
“O macaco foi encaminhado a Belo Horizonte para análise e verificação se está infectado ou não com febre amarela. Mas, por precaução, fechamos o Museu para que possamos fazer o bloqueio tanto no local quanto na região e a população fique segura”, ressaltou o prefeito Bruno Siqueira. A medida é determinada pelo protocolo da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Para dar mais segurança aos moradores do entorno do Museu, a partir dessa quinta-feira, 4, está disponível um ponto de vacinação no Centro Cultural Dnar Rocha. O atendimento será realizado entre 8h e 17h. “As pessoas que já vacinaram no ano passado ou datas anteriores não precisam tomar uma nova dose”, relembrou o chefe do Executivo sobre a determinação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os funcionários do Museu, todos que ainda não foram imunizados, serão vacinados também.
Segundo a Prefeitura, estão disponíveis 18 mil vacinas em todas as Unidades Básica de Saúde (UBSs), PAM Marechal, Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente e no Departamento de Saúde do Idoso. Caso houver necessidade, o Estado poderá enviar mais unidades a Juiz de Fora.
“Atualmente, nós estamos com 90% do público-alvo vacinado. A vacinação é prevista para os indivíduos acima de nove meses até 60 anos. Gestantes e acima de 60 anos devem procurar um médico para que ele possa autorizar a vacinação”, afirmou a secretária de Saúde, Elizabeth Jucá, que disse que as doses disponíveis nas unidades de saúde do município são o suficiente para a imunização daqueles que ainda não vacinaram. No ano passado, no total, foram aplicadas 453.685 doses na cidade.
AÇÕES DA PJF
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, a PJF tomou todas as medidas necessárias e cabíveis. Além da intensificação da vacinação, a Prefeitura também realizou nessa quinta o trabalho de bloqueio e orientações. “Foi realizado aplicação a Ultra Baixo Volume (UBV) [inseticida] nas áreas próximas, dentro de um raio de 150 metros. Cinco equipes volantes de vacinação estão realizando um porta a porta, verificando o cartão vacinal e orientando a população sobre a vacinação”, afirmou Almeida.
Além disso, informou o subsecretário, duas equipes realizam porta a porta no condomínio localizado ao lado do Museu. Ele também disse que os militares do posto do Exército, situado do outro lado, já foram vacinados.
Almeida orientou que a pessoas que encontrarem algum primata doente ou morto devem fazer contato com a Polícia Militar de Meio Ambiente. “Não devemos matar os macacos, pois eles são sentinelas e sinalizam onde devemos trabalhar o bloqueio do vetor”, frisou.
ESTATÍSTICA
Apesar de não haver nenhum caso confirmado de febre amarela em humanos em Juiz de Fora, a cidade notificou a morte de 63 macacos no ano passado. Destes, em 43 foi possível colher material para análise; os demais estavam em estado de decomposição, por isso não foi possível realizar a coleta. Dos animais analisados, 40 tiveram o resultado negativo e três tiveram suas mortes confirmadas devido à doença. Dois destes animais foram encontrados no bairro Aeroporto, Cidade Alta, e o outro no bairro São Pedro, mesma região.
JF CONTRA O AEDES
A secretária de Saúde, Elizabeth Jucá, ressaltou que com a chegada do período de chuva é necessário que a população auxilie o Poder Público no combate ao Aedes Aegypti. O mosquito, além de transmitir dengue, zika e chikungunya, é o vetor de transmissão da febre amarela para humanos. “Dedique 10 minutos da semana para vistoriar sua residência e seu quintal, e não deixe água parada, para evitar os possíveis criadouros”, afirmou.