Presidente do Sindicomércio define 2018 como ano da inovação e mudanças no setor

O Diário Regional tem publicado uma série de reportagens na qual fazemos um balanço de 2017 e contamos as expectativas para o próximo ano em vários segmentos da cidade. Nas duas matérias anteriores, nós conversamos com o superintendente da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Rômulo Veiga, e o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus David. Nesta terceira reportagem, entrevistamos o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti.

Conforme o sindicalista, 2017 foi um ano de recuperação. “Ano passado foi como se tivéssemos caído em queda livre sem pára-quedas. Em 2017, nós paramos de cair, mas não conseguimos proporcionar empregabilidade suficiente. O número de desempregados é alto e isso é ruim, pois se o comércio, que é o maior agente empregador, não emprega, não temos consumo. Temos que mudar o curso dessa bola de neve para que as pessoas sejam empregadas, estimulando o consumo”, afirmou Beloti.

Para ele, o próximo ano ainda será de recuperação. “A gente tem que visualizar para um futuro mais distante e não para o imediatismo. Acredito que o processo de recuperação ocorrerá pelos próximos três anos. Após esse período, a economia voltará a ter pulsão, a menos que ocorra algo que faça evoluir tão rápido, pois é mais fácil cair do que se levantar”, disse.

Beloti ponderou que nesse período em que a economia está “ruim”, os empresários enfrentam problemas para conseguir empréstimos que são usados para investir nos negócios. “Os empresários, de certa forma, para continuar crescendo, precisam buscar investimentos através de empréstimos, porém as taxas ainda não ajudam que eles possam ter velocidade no crescimento. As empresas grandes conseguem operar empréstimos com taxas pequenas, mas os pequenos empresários ou aqueles que estão começando não tem essa força”, afirmou o sindicalista. “Em um cenário positivo, você não precisa de banco, mas quando a economia está ruim, você tem que se arriscar e o empresário do comércio aposta. Se não ousar, o negócio dele não prospera”, acrescentou.

Para auxiliar os comerciantes, o Sindicato fomenta o empreendedorismo. “O papel fundamental do Sindicomércio é dar as condições e fomento necessários para o que o clima esteja bom para que o empresário possa se desenvolver”, afirmou Beloti. Para isso, por exemplo, a entidade oferece palestras para divulgar informações importantes, como fez, este ano, quando foram implantadas as mudanças nas leis trabalhistas.

 

DESEMPREGO EM 2018

Mesmo sendo um ano de recuperação, o desemprego deve cair, segundo o sindicalista. “Eu acredito que vamos fechar o próximo ano perto dos nove milhões de desempregados, ante os 12,5 milhões que temos atualmente. Ainda é uma taxa alta, mas já simboliza uma recuperação”, afirmou. Ele também acredita que alguns setores da economia devem crescer mais que o próprio mercado.

 

ORIENTAÇÕES

O presidente do Sindicato definiu 2018 como o ano das mudanças e inovação. “Os empresários vão ter que inovar em seus estabelecimentos, por exemplo, comercializando novos produtos dentro de sua linha de atuação. Além disso, será necessário fazer um atendimento diferencializado para atrair o consumidor e competir com a internet”, afirmou Beloti. “O e-commerce atrai o público com os preços, por isso, para combater, é preciso que eles apostem no atendimento personalizado”, completou.

Por isso, no próximo ano, o Sindicato vai trabalhar nessa linha. “O empresário precisa ter a capacidade de saber que é necessário mudar. Se não está ganhando mais do jeito que ganhava, então tem mudar o jeito de trabalhar”, frisou.

 




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