Apesar de estarem envolvidos em assuntos polêmicos, os fogos de artifícios costumam fazer alegria das pessoas que comemoram a virada do ano e dos comerciantes. Lojas especializadas chegam a ter aumento considerável nas vendas, que se aquecem ainda mais a partir da segunda quinzena de dezembro, período em que a procura aumenta.
De acordo com Marco Antônio Saçço, proprietário da loja Fogos Nicolino, o aumento nas vendas de fim de ano gira em torno de 400% a 500% com relação a outras épocas. “Existe uma procura bem significativa, que se intensifica nas vésperas do Natal e do Réveillon”, revela.
O preço dos produtos pode variar de R$1,50 a R$1.300. “Depende muito do que a pessoa quer. Temos produtos infantis, kits pequenos, kits grandes. Mas o pessoal gosta mais é dos fogos coloridos”, diz Saçço.
Além da variedade de produtos, os clientes também recebem recomendações. “A primeira orientação é sempre comprar fogos de lojas legalizadas. Além disso, o usuário deve seguir as instruções que estão na caixa e as técnicas de segurança que os vendedores passam para eles. É importante não soltar fogos perto de árvores, rede elétrica, sacadas de prédios, não ingerir bebidas alcoólicas antes do manuseio, nem deixar os materiais nas mãos de crianças e adolescentes”, orienta.
ANIMAIS PRECISAM DE CUIDADOS EXTRAS
Outra dica está relacionada aos animais. O barulho que os fogos emitem pode prejudicar cães e gatos. Além de causar danos à audição dos bichos, o barulho das explosões pode resultar em ataques de pânico e traumas. “A audição deles é maior que a nossa. O barulho chega a causar dor e incomoda bastante. Lógico que varia de animal para animal. Alguns ficam estressados e querem sair do local a qualquer custo. Outros ficam trêmulos, e para aqueles que já possuem algum problema relacionado à convulsão é pior ainda, já que com o estresse eles entram em colapso de forma mais rápida”, explica a médica veterinária Cristina Cardinelli.
Em razão disso, cuidados especiais são necessários. “A dica é colocar um pouco de algodão no ouvido do bicho para abafar o som. Também deve-se evitar deixar o animal sozinho e, se for o caso, procurar manter o ambiente tranquilo, de forma que ele não se assuste e se estresse. Em alguns casos, os animais costumam pular pela janela ou se machucar em alguma grade”, lembra Cristina.
Algumas pessoas costumam recorrer a medicamentos para diminuir o efeito do barulho nos animais. Entretanto, a prática não é recomendada pela veterinária. “É preciso ter cautela. O animal sedado fica por dentro do que está acontecendo. Isso significa que o estresse vai continuar em uma escala ainda maior, que pode atrapalhar ele a pular, andar, latir. Quando ele fica bastante irritado, a sedação pode ser indicada. Na dúvida, o ideal é procurar um especialista, que vai avaliar qual o medicamento certo”, orienta.