A CAIXA iniciou uma nova estratégia de relacionamento com clientes em dificuldade financeira. Em vez de esperar o atraso dos pagamentos, o banco passou a monitorar comportamentos de risco. “O cliente muitas vezes está com a prestação do financiamento habitacional em dia, mas começou a utilizar demais o cheque especial. Isso pode ser sinal de que ele está usando um crédito caro para pagar um contrato com juros mais baixos”, explica Eugênia Regina de Melo, superintendente nacional de Gestão de Adimplência da CAIXA.
Esses clientes em situação vulnerável estão sendo identificados a partir de uma análise de todas as suas operações com o banco. O pagamento mínimo do cartão de crédito num mês seguido pelo uso de uma linha de crédito pessoal no outro, por exemplo, pode fazer soar o alerta. “Estamos olhando o cliente como um todo”, afirma Eugênia. “Verificamos o contrato ou produto que pode dar problema lá na frente e antecipamos uma reestruturação completa.”
A superintendente nacional explica que o objetivo é “resolver” a vida desse cliente. “Muita gente que perdeu o emprego está usando o cheque especial e parcelando o cartão de crédito, com taxas de juros elevadas. O ideal é buscar linhas com prazos mais dilatados”, aconselha. Eugênia ressalta que não é preciso esperar o contato da CAIXA. “Os nossos gerentes estão preparados para prestar uma verdadeira consultoria financeira, ajudando o cliente a se reorganizar em qualquer situação.”
Os clientes em atraso também podem aproveitar essa consultoria para entrar em 2018 com as contas em dia.
Na CAIXA, eles têm a opção de renovar os contratos para aumentar o prazo e reduzir o valor da prestação mensal ou mesmo unificar diferentes tipos de dívida em um único contrato com maior prazo e menor prestação. “O parcelamento de dívidas pode ser feito em até 96 vezes, e há desconto sobre o valor da dívida para pagamento à vista”, destaca Eugênia.
Atenção ao financiamento habitacional
Os financiamentos habitacionais, diz a superintendente nacional, merecem cuidado redobrado. “A execução está muito rápida. Essa é uma obrigação da CAIXA, porque o dinheiro emprestado é público e precisa voltar ao banco para atender a outros clientes”, explica.
“A CAIXA não tem interesse de retomar os imóveis. Isso não é bom para o banco, para o cliente e nem para a família do cliente.”
Por isso, ressalta Eugênia, a CAIXA oferece diferentes possibilidades para regularizar a dívida da casa própria. “Para começar, o cliente pode usar o saldo da sua conta vinculada do FGTS. Ela pode ser usada para pagar até 80% do valor de 12 prestações do financiamento imobiliário, inclusive atrasadas, e também para amortizar o saldo devedor e reduzir o valor das prestações.”
O cliente ainda tem a opção de pagar à vista um valor de entrada e refinanciar os demais atrasos para pagar nas próximas prestações a vencer até o fim do financiamento imobiliário. Ele também pode aumentar o prazo de amortização para reduzir o valor das prestações. “Até mesmo uma ação simples, como alterar a data de vencimento do contrato para a mesma data de recebimento do salário, pode fazer diferença. A dica é não ter medo de renegociar”, finaliza.
Fonte: Assessoria/Caixa