Procon dá dicas ao consumidor na hora de fazer as compras de Natal

Os consumidores já estão lotando as lojas de Juiz de Fora para comprar os presentes de Natal. Segundo o proprietário de uma loja de brinquedos localizada no Centro da cidade, o movimento está muito bom e deve aumentar ainda mais até a véspera da data. Mais do que comprar, um fator que chama a atenção do comerciante Luiz Alexandre Domith é a preocupação dos clientes com a qualidade dos produtos.

“O movimento está muito bom, a loja está cheia e o lucro deve melhorar em torno de 5% com relação ao ano passado. Porém, também percebemos que os consumidores estão mais atentos. Eles sempre perguntam sobre a qualidade da mercadoria e se ela possui o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”, afirma.

A postura adotada pelos juiz-foranos é fundamental para evitar “dores de cabeça” futuras, conforme orienta o gerente do Departamento de Atendimento da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF), Oscar Furtado. “O selo do Inmetro indica que o brinquedo está em condições de uso, que ele passou por testes e que não irá trazer riscos para as crianças ao manuseá-lo”, explica.

Ele alerta que o brinquedo deve ser escolhido de acordo com a idade e a necessidade da criança, por isso, a pesquisa de preços se torna essencial na hora de escolher um produto. “Pesquisar os preços é uma forma de o consumidor economizar na hora de comprar o presente e não se endividar para o próximo ano. Orientamos que os pais não levem os filhos para fazer as compras, pois as crianças acabam agindo pela emoção e o pai acaba comprando muitas coisas que não irão caber no orçamento”, aconselha Furtado.

O gerente de atendimento recomenda também pedir descontos nas compras à vista. “O consumidor deve procurar comprar, na medida do possível, à vista, sempre pedir um desconto, e nas compras a prazo optar pelo mínimo de parcelas possíveis para pagar de maneira mais rápida e não comprometer a renda por um período grande”, diz.

EVITE COMPRAR EM CAMELÔS

Furtado explica que os brinquedos vendidos em camelôs tendem a ser mais baratos, mas, em contrapartida, costumam ser imitação ou falsificações dos brinquedos de marca. Ele ressalta que o barato pode sair caro. “Muitos desses produtos são piratas, não possuem documento fiscal e o consumidor acaba perdendo os seus direitos, como, por exemplo, se ele tiver algum problema ou o brinquedo estiver com defeito, dificilmente ele vai conseguir trocar o produto ou reaver o seu dinheiro. Não quer dizer ele obrigatoriamente tenha que comprar itens de luxo, mas deve preferir um produto que ele tenha garantia sobre ele”, recomenda.

COMPRAS PELA INTERNET

Além de exigir a nota fiscal, o consumidor deve ficar atento a algumas orientações. Quem for adquirir produtos pela internet, catálogos ou telefone, ou ainda por qualquer outro meio fora do estabelecimento comercial, deve ficar atento a alguns prazos. A mercadoria só pode ser devolvida dentro do prazo de sete dias, contados a partir do recebimento. Nesse caso, o fornecedor é obrigado a fazer a restituição do valor. “No caso de compra realizada na própria loja, o consumidor só tem direto à devolução da mercadoria e restituição do valor pago caso o lojista esteja disposto, de forma espontânea, a substituir o produto. O defeito não garante a troca e o próprio consumidor deve encaminhar o item à assistência técnica. Notas fiscais e recibos devem ser guardados, pois são a garantia da compra no determinado estabelecimento”, frisa Furtado.

Outra dica é pesquisar sobre a credibilidade do site escolhido. “Os sites são obrigados a disponibilizar todos os dados do fornecedor, como o nome da empresa, endereço completo, telefone e CNPJ, para que o consumidor, em caso de algum problema, possa demandar contra a empresa. Muitos sites não confiáveis não trazem essas informações. Isso significa que o consumidor paga, não recebe e não tem onde reclamar”, alerta.




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