Laudo comprova que ex-companheira não matou policial em legítima defesa

O laudo da necropsia do corpo do policial civil de 57 anos, assassinado na terça-feira, 14, foi encaminhado a Delegacia Especializa de Homicídios e descarta a hipótese de que a autora, ex-companheira da vítima, tenha agido em legítima defesa.

“Como posso falar de legítima defesa com um disparo na parte superior da cabeça? O laudo de necropsia mostra de forma clara que foi uma execução”, afirmou o delegado Rodrigo Rolli, que relatou que além do ferimento na cabeça, a vítima foi atingida na cintura e de raspão no braço.

“Ele a ensinou a manusear uma arma de fogo e ela também sabia como desarmá-lo. Há cerca de dois meses, ela tentou agredi-lo e ele a agarrou. Nesse momento, ela tira a arma da cintura dele e aponta para ele. Foram necessárias três viaturas da Polícia Militar, empenhadas na ação, para conseguir desarmá-la. Ele retirou a queixa”, acrescentou.

Outro ponto que elimina a possibilidade do crime ter sido em legítima defesa é o testemunho do ex-marido da autora. “Ele ouviu xingamento entre as partes, mas não ouviu barulho de objetos sendo quebrados devido a uma briga. Depois da discussão, ele ouviu um disparo e a vítima pedindo socorro. Em seguida, mais dois tiros”, relatou Rolli. A testemunha estava do lado de fora do imóvel no qual o crime ocorreu.

Conforme o delegado, apesar deles terem mantido um relacionamento conturbado, não há histórico de agressão. “Ele tinha ciúmes e era falastrão. O irmão dela contou que a vítima era bipolar, pois a amava muito e ao mesmo tempo a xingava, mas nunca a agrediu”, disse.

Após a apresentação do laudo, o delegado encaminhou ao poder Judiciário o pedido de prisão preventiva da autora.




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