Especialista dá dicas de segurança para lojistas e consumidores

O fim de ano chegando, “Black Friday”, Natal, e toda a movimentação para comprar presentes nas datas. O resultado disso é o aumento no número de pessoas nos estabelecimentos e, consequentemente, daqueles que desejam aproveitar a situação para praticar crimes.

Conforme Rogério Rodrigues, especialista em Segurança do Grupo GR, a época é marcada pelo aumento no número de furtos e roubos. “Esse período tem um apelo muito grande, pois as pessoas estão com dinheiro na praça, 13° salário, premiações, e o fato delas saíram com quantias na rua já é um atrativo para os bandidos. Depois, os comércios abastecidos de mercadorias para atender a grande demanda da população, como joias, relógios e eletrônicos, receberão esse dinheiro das pessoas, o que chama ainda mais a atenção dos criminosos”, afirma.

Rodrigues alerta que o ideal é realizar o pagamento das compras por meio de cartões bancários. “Lógico que as pessoas precisam tomar cuidados para não perder os documentos, estar sempre atentos a todas as movimentações do cartão através de aplicativos, SMS, ou seja, usar a tecnologia a seu favor. Estudos mostram que adotar o ‘dinheiro de plástico’ poderia reduzir em até 70% a quantidade de delitos nesta época”, disse.

Quanto aos lojistas, o especialista dá algumas dicas de segurança para monitorar e inibir ações de criminosos. O primeiro passo é investir em estrutura, instalando sistema de câmeras internas, alarmes com sensor de movimento, iluminação nos corredores, além da organização do espaço físico da loja. “Em alguns estabelecimentos, vários produtos ficam expostos, cortinas ficam jogadas, panos, manequins, impedindo que a pessoa que está no caixa visualize a loja por inteira. O recomendável é ter boa visibilidade pelos diversos ângulos. Espelhos também podem ser instalados para auxiliar a observar os pontos cegos, em que o olho humano não consegue ver. Também é bacana ter funcionários à paisana andando pela loja, posicionados em escadas, mesas, cadeiras, o que favorece na visualização de atitudes suspeitas e dificulta a ação dos bandidos”, orienta.

Assim como o consumidor, o comerciante não deve guardar grandes quantidades de dinheiro. “Este é um hábito comum entre os vendedores, que acaba trazendo dores de cabeça, em razão de que alguns colaboradores acabam comentando e os bandidos conseguem ter acesso a essa informação. Portanto, o lojista deve despachar esse dinheiro para o banco o mais rápido possível, alternando os horários, os caminhos e até mesmo as pessoas que se deslocam para fazer o depósito”, alerta Rodrigues.

Reforçar o acesso da loja com cadeados, corrente e outros acessórios também ajuda. “O fim de ano também é característico pelos arrombamentos por parte dos assaltantes. Além das portas da frente e dos fundos, o telhado também deve receber reforço, pois já registramos casos de bandidos que levaram grandes quantias adentradas por lá”, lembra.

Ainda de acordo com o especialista, toda a equipe precisa estar engajada. “Os lojistas tendem a contratar funcionários temporários em virtude do aumento da demanda, mas eles devem ter certo cuidado com essas pessoas, da mesma forma que se estivesse contratando alguém permanentemente. Eles não devem admitir só porque gostou da pessoa, pois quem está com más intenções consegue conquistar, transmitir empatia. É importante verificar as referências desse candidato, ligar para empregos anteriores, ex-chefes e analisar minuciosamente. A equipe precisa estar atenta 100% do tempo, já que os bandidos se aproveitam de oportunidades para cometer os delitos”, explica.

A proprietária da Redany, comércio de vestuário, Olivia Dutra, ressalta que após adotar algumas medidas de segurança não presencia mais situações de furto e roubos na loja. Outra alternativa, segundo ela, foi a redução no quadro de funcionários e a aproximação com seu negócio. “O monitoramento por câmeras nos auxilia bastante. Até fora do horário de funcionamento da loja consigo rever o que ocorreu e me precaver ainda mais. Até então, presenciávamos situações de roubo, furtos, mas, hoje, raramente isso ocorre, pois tenho investido em segurança. Além do mais, reduzi o número de colaboradores e isso me proporcionou ficar mais perto da loja. O empresário precisa ter a noção que a presença dele no negócio faz diferença e que é importante adotar medidas de segurança”, finaliza.




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