Horário de verão requer cuidados na alimentação e no sono

Até o dia 18 de fevereiro, serão 126 dias de horário de verão. Pode parecer pouco, mas o novo horário, que começou no domingo, 15, pode mudar a rotina do nosso corpo, e cuidados com a alimentação e sono precisam ser redobrados nesta época do ano. Especialistas afirmam que é necessário de cinco a sete dias para que as pessoas se adaptem às mudanças.

“Varia de pessoa para pessoa, mas, em no máximo uma semana, ela se adapta. Um cuidado interessante seria iniciar a adaptação uma semana antes, dormindo um pouco mais cedo, acordando alguns minutos antes, mas, não sendo possível, manter a regularidade na hora de dormir”, reforça a médica Aliciane Mota, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL).

Ela ressalta a importância de uma boa noite de sono. “Por acordar uma hora mais cedo, é comum que os dias se tornem cansativos e as pessoas tendem a tirar cochilos para amenizar os efeitos. Porém, não é o ideal. Para uma restauração completa é recomendável dormir de 6 a 12 horas de sono, em ambiente tranquilo, escuro e com temperatura agradável”, explica.

Aliciane alerta para o uso de medicamentos para dormir e a ingestão de alimentos estimulantes. “Algumas medicações impedem que a fase profunda do sono ocorra. Elas fazem com que a pessoa durma mais e acorde ainda mais cansada e isso deve ser evitado. Alimentos com cafeínas, chocolates e refrigerantes também devem não devem ser ingeridos, além das comidas pesadas”, orienta a médica.

Outro cuidado é com a prática de exercícios, que não devem ser realizados nas três horas que antecedem o sono, pois retardam sua chegada e estimulam o organismo.

 

ATENÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO

De acordo com a médica especialista em nutrologia, Alice Amaral, o horário de verão traz consequências para a saúde. Depressão, queda no rendimento escolar, ganho de peso, alteração de glicose, doenças cardiovasculares e outras estão associados às mudanças. “O nosso horário biológico, que tem comando fisiológico, fica completamente desestabilizado. O fato de adiantar o relógio não significa que o corpo também se adiantará. É como se perdêssemos uma hora, que é extremamente importante para a reparação do corpo, o que pode ocasionar uma série de doenças”, reitera.

Conforme a especialista, ajustar a alimentação é uma ótima opção para dormir bem e não sentir os efeitos das mudanças. “As refeições devem ser mais leves, como frutas, legumes, verduras. Também é aconselhável tomar bastante liquido, pois com o aumento das temperaturas, o ser humano tende a transpirar mais. Água de coco natural é uma excelente opção”, destaca Alice.

Ainda segundo a médica, os alimentos ricos em triptofano são ótimos para melhorar o humor e proporcionar sensação de bem-estar, porque ajudam na formação de serotonina, uma substância presente no cérebro que facilita a comunicação entre os neurônios, regulando o humor, a sensação de fome e o sono. “Essa substancia pode ser encontrada em peixes, ovos, carne de peru, semente de abóbora, nozes, castanhas aveia, abacaxi, alface, banana, chocolate amargo, de preferência, sem glúten”, lembra.

 

CRIANÇAS E IDOSOS SÃO OS MAIS IMPACTADOS

É normal que os efeitos do verão afetem mais as crianças e os idosos, que podem sofrer mais com o processo de adaptação. Em razão disso, Alice sugere que a rotina não seja afetada, bem como os horários da refeição e de dormir.




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