O único meio de se experimentar a verdadeira felicidade consiste em se conseguir a manifestação do Aspecto Real perfeito do homem, através do despertar e através da prática do amor. A questão consiste em se saber como regular a mente e como focalizá-Ia no Mundo Real, perfeito e harmonioso, para que este se torne manifesto. O despertar é obtido por meio da leitura de livros sagrados e através da Meditação Shinsokan, e o verdadeiro amor consiste em pôr em prática a sabedoria obtida naquelas leituras. Se a prática do amor não for orientada pela verdadeira sabedoria, pode prejudicar, em vez de beneficiar o indivíduo. E como dar dinheiro em excesso a um filho pródigo mima¬do. O amor verdadeiro precisa ser orientado pela sabedoria que se obtém com o despertar.
A sabedoria não possui a rigidez da solução matemática. Por isso, o amor orientado pela sabedoria, às vezes é austero. O amor de natureza magnânima, que não dispensa a austeridade, este é o amor verdadeiro.
A Verdadeira Felicidade
Os prazeres sentidos pelo corpo carnal não são dura-douros. Por serem confundidos com a felicidade, são muito procurados. A felicidade, porém, não reside no prazer físi¬co, mas na alegria. Quando buscamos demasiadamente o prazer, este logo se transforma em desgosto, e a felicidade é perdida. A alegria de viver é obtida apenas quando ajus¬tamos nossas mentes e ações em conformidade com a ade¬quação à pessoa, coisa e lugar. A condição que cria a felici¬dade é o amor, que consiste da conscientização de que “eu e o outro somos um”.
Quando proporcionamos felicidade ao próximo, a sen-sação de alegria que experimentam se reflete em nó” fazen-do-nos felizes também. O sentimento individual de felici¬dade, que não se estende aos demais, por discordar da Ver¬dade de que “essencialmente somos um”, é uma felicidade inconsistente, fadada a desmoronar. A felicidade verdadei¬ra não é a que se obtém com a derrota dos outros: ela resul¬ta da harmonia entre as pessoas, e da alegria que estes cora¬ções fazem transbordar.