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Esta semana, o professor Marco Antônio “Macarrão” comenta algumas das questões da prova de português do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), cujo processo seletivo foi realizado no dia 24 de setembro.

Os concurseiros que acompanharam as dicas para a prova e as apostas aqui publicadas no dia da realização da mesma, encontraram uma prova de português longa (o que já era previsto no edital), mas dentro do esperado.

 

ANÁLISE DAS QUESTÕES

Para facilitar a análise das questões, será mantida a numeração original da prova, possibilitando que o leitor se localize com mais facilidade.

 

Questão de acentuação gráfica, pedindo as mesmas regras das palavras do enunciado. Essa é uma típica questão sobre o assunto! Nada de novo! As regras evocadas fazem parte daquilo que alguns gramáticos chamam de Regras Gerais, ou seja, aquelas que normatizam a acentuação da grande maioria das palavras.
“Islâmico” é proparoxítona; “vitória” é paroxítona terminada em ditongo; “até” é oxítona terminada em E (A, E, O, EM, ENS) e “público” é proparoxítona. Então, é preciso encontrar palavras acentuadas por essas três regras nessa ordem.

A alternativa A é uma grande armadilha para o candidato mais afoito! O vocábulo “é” é um monossílabo tônico, portanto não é acentuado pela mesma regra de “até”. O mesmo se pode considerar em relação à palavra “já” na alternativa D. A alternativa C traz paroxítonas terminadas em ditongo na primeira e na última palavra (famílias e várias), por isso também não serve.

A resposta correta só poderia ser a alternativa B, pois apresenta, na mesma ordem, palavras acentuadas pelo mesmo motivo das do enunciado.

 

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Questão difícil de tão fácil! Separação silábica é um assunto muito basilar e pouquíssimo cobrado nesse tipo de concurso. A resposta correta é a alternativa A.

Na alternativa B, estão separadas equivocadamente as palavras “pois” e “estigmatizava”. Deveriam vir assim: “pois” (monossílaba) e “es-tig-ma-ti-za-va”.

Na alternativa C, o erro está em “incontáveis”, que deveria ser separada “in-con-tá-veis”.

Por fim, na alternativa D, temos erro em “desmaiava”, que deveria vir “des-mai-a-va”. Importante notar que a palavra “famílias” pode ser separada de duas maneiras: fa-mí-li-as ou fa-mí-lias.

 

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Essa é a questão que a CONSULPLAN vem “roubando” da FCC! Nota-se que o verbo do enunciado no contexto apresenta OD e OI. No caso, vendeu algo a alguém. É preciso encontrar a mesma estrutura numa das alternativas.

Na alternativa A, há apenas complementos preposicionados. Na alternativa B, apenas complementos sem preposição. Na alternativa D, o verbo em si tem apenas o OD (os responsáveis). A parte preposicionada é CN de “responsáveis”.

A resposta, então, é a alternativa C. O diretor enviou algo a alguém. No caso, enviou cartas aos pais e responsáveis. Na mosca!

 

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Nessa questão sobre o uso do “porquê”, valem umas dicas práticas. Se puder trocar por “pois”, temos “porque”. É o caso da primeira lacuna!

Se pudermos trocar por “por que motivo/ por que razão”, temos “por que”. É o caso da segunda e da terceira lacuna.

Será que já é possível marcar uma alternativa, mesmo sem completar a última lacuna? Até agora, a sequência é 2, 1, 1. Pois bem, nem é preciso se preocupar com a última e estranha lacuna, pois a única resposta possível é a alternativa C.

 

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Trata-se de uma questão de crase (ou uso do acento grave). A pergunta, na verdade, não questiona a correção do uso, mas pede a justificativa para as ocorrências.

A alternativa A não procede, pois em nenhum dos dois casos há algumas das situações que facultam o uso do acento grave.

A alternativa B menciona como motivo a flexão de plural, mas isso em si, aleatoriamente, não seria motivo para o uso do acento grave.

A alternativa C propõe a substituição do termo regente por outro termo qualquer, só que isso não garante a manutenção do acento grave, pois o termo que vier tem que reger preposição “A”.

A resposta correta é a alternativa D. Nela, há o exato motivo para a ocorrência dos acentos graves.

Pararemos por aqui neste domingo! Você pode conferir mais questões nas próximas edições. Os leitores que quiserem pedir algumas, especificamente, podem entrar em contato por e-mail (macarraoprof@gmail.com).

Um bom domingo e uma excelente semana a todos!

 




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