O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, oficialmente, nesta segunda-feira, 2, a coleta do Censo Agropecuário 2017 – principal e mais completa investigação estatística e territorial sobre a produção agropecuária do país. Até fevereiro de 2018, em torno de 19 mil recenseadores percorrerão todos os cerca de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários brasileiros.
Minas Gerais é o segundo maior estado em número de estabelecimentos, ficando atrás apenas da Bahia. Na região, 1.911 temporários foram contratados e treinados para visitar mais de 610 mil estabelecimentos, segundo a previsão do Instituto.
CENSO AGRO 2017
O Censo Agro 2017 visitará todos os estabelecimentos agropecuários do país, traçando um diagnóstico da realidade do setor. Ele atualiza os dados colhidos no último censo, em 2007. A entrevista realizada com o produtor rural demora, em média, 40 minutos e é realizada por meio do Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), utilizado para armazenar e transmitir as informações do censo.
O questionário aplicado pelos recenseadores contempla questões relacionadas à produção, pessoal ocupado, agricultura familiar, uso de agrotóxicos, entre outros temas. As informações coletadas subsidiarão pesquisas, tomada de decisões na iniciativa privada e a elaboração de políticas públicas para o setor.
Os resultados do Censo Agro 2017 devem começar a ser divulgados pelo IBGE em meados de 2018.
CENSO AGRO 2007
De acordo com as informações coletadas no Censo Agro 2007, o Brasil possui em torno de 5,17 milhões de estabelecimentos agropecuários, sendo 551.6 mil deles em Minas Gerais. O setor emprega 16,5 milhões de pessoas no país, e 1,8 milhão no Estado.
Minas Gerais é o maior estado produtor de leite, café, morango, batata-inglesa e eucalipto. A maior parte das terras estaduais (18,2 milhões de hectares) é dedicada a pastagens. Já a grande maioria dos estabelecimentos agropecuários de Minas Gerais são provenientes da agricultura familiar (79,28%), percentual menor do que a média nacional (84,36%).
ZONA DA MATA
Segundo dados do Censo Agro 2007, a Zona da Mata mineira é a terceira mesorregião com o maior número de estabelecimentos agropecuários em Minas: 86.437 – o que representa 15,67% do total do Estado. Grande parte deles (82,04%) é de agricultura familiar. No período, a região também era a terceira maior empregadora no Estado, com cerca de 296 mil pessoas ocupadas no setor.
O município com a maior quantidade de estabelecimentos agropecuários na região, com 3.382, é Manhuaçu; seguido de Piranga, Raul Soares, Simonésia e Santa Margarida.
DADOS DE JUIZ DE FORA
– Quantidade de postos de coleta: 1 (responsável por Belmiro Braga, Bicas, Chácara, Chiador, Coronel Pacheco, Ewbank da Câmara, Juiz de Fora, Matias Barbosa, Piau, Santana do Deserto e Simão Pereira).
– Quantidade de estabelecimentos agropecuários previstos: 2.174 (em todos os municípios do posto de coleta. Somente em Juiz de Fora: 752).
– Quantidade de recenseadores: 14 (para todos esses municípios. Somente em Juiz de Fora: 7).
SEGURANÇA
Todos os recenseadores, durante a coleta, estarão uniformizados – com colete, boné e bolsa do IBGE -, e também terão um crachá identificado. Em caso de dúvidas sobre a identidade dos recenseadores, os produtores rurais poderão consultar o site www.respondendo.ibge.gov.br.
HISTÓRIA DO CENSO
O Brasil realizou o seu primeiro Censo Agropecuário em 1920. Em 1936, foi fundado o IBGE, que passou a ser o responsável pela realização dos Censos do país. De 1940 a 1970, os Censos Agropecuários foram realizados a cada dez anos e a partir de então passaram a ocorrer a cada cinco anos, ou seja, em 1975, 1980 e 1985. Em 1990 não foi possível a sua execução, sendo realizado somente em 1996, e o último Censo Agropecuário foi realizado em 2007.
Este 11º Censo Agropecuário será o resultado de um processo contínuo de aperfeiçoamento, para conferir com maior nitidez a realidade do campo deste nosso imenso território brasileiro. As informações individualizadas prestadas ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são utilizadas única e exclusivamente para fins estatísticos e jamais são passadas para qualquer outro órgão governamental ou empresa de marketing.
Fonte: Assessoria