A Petrobras anunciou um reajuste de 12,2% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, vendido em botijões de até 13 kg nas refinarias. Os novos valores já podem ser repassados para as revendedoras. Com isso, as distribuidoras de gás de Juiz de Fora já se organizam sobre como o aumento será refletido no preço final ao consumidor.
Para José Antônio Arantes Pereira, que é proprietário de uma revendedora localizada no Bairro São Pedro, Cidade Alta, esse aumento pode trazer prejuízos. Atualmente, o preço do botijão vendido pelo comerciante varia entre R$65 e R$75, de acordo com a marca do gás. Ele conta que ainda não sabe qual será o percentual de reajuste que irá repassar para os clientes, mas que pretende reajustar de forma integral. “Ainda não reajustei o valor. Entretanto, a minha intenção é repassar o reajuste para o consumidor, de forma integral. Não existe a possibilidade de ser progressivo, pois a minha margem de lucro é muito pouca e tenho muitas despesas”, afirma.
A reportagem do Diário Regional realizou pesquisa em vários estabelecimentos da cidade. O preço médio do botijão de gás vendido pelos comerciantes varia entre R$65 e R$75. Conforme a Petrobrás, caso o reajuste seja repassado ao consumidor na sua integralidade, o preço do botijão poderá sofrer aumento de 4,2% ou R$2,44 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
A dona de uma distribuidora de gás localizada no Bairro São Mateus, região central, que preferiu não se identificar, disse que na quinta-feira, 7, reajustou o valor, porém, o aumento acontecerá de forma gradativa, para não assustar os clientes. “Desde setembro do ano passado, recebi cinco reajustes, mas não conseguir repassá-los aos consumidores. Embora isso tenha me causado prejuízo, preferi segurar para não espantar a freguesia, que já está sendo pouca neste momento de crise, e continuarei fazendo desta forma”, reforça.
Segundo Maira Barbosa Arantes, proprietária de revendas, também no bairro São Pedro, houve queda no volume das vendas após a implantação da nova política de preços. Acostumada a trabalhar com variação anual, ela alega dificuldades para se adequar às mudanças e convencer os clientes. “O consumidor não aceita esses repasses e as empresas regularizadas não dão conta de segurar, pois os impostos são altos. A gente segue o que é definido pela Petrobrás e, infelizmente, temos que repassar ao cliente, para não ter que fechar as portas”, conclui Maria, acrescentando que reajustará os preços a partir desta sexta-feira, 8.