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Nasceu em 17 de dezembro de 1921, em Três Corações (MG). Filho de José Ferreira da Nóbrega e de Rita Paulino de Souza. Faleceu em 18 de abril de 2003, em Juiz de Fora (MG). Veio para Juiz de Fora em 1932. Serviu ao Exército durante a Segunda Guerra Mundial, mas não chegou a combater nos campos da Itália. Foi figurinista, rádio-técnico, e aprendeu com o avô marceneiro a pintar e esculpir. Foi cantor de rádio e seresteiro, além de professor de português, geografia e desenho.

Mas foi no jornalismo que ele muito se dedicou. Começou como tipógrafo aos 13 anos na Folha Mineira. Aos 16, já era repórter. Trabalhou também nos jornais Gazeta Comercial e Diário Mercantil, e na revista Marília. Como jornalista, trabalhou ainda em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Na capital pernambucana, conheceu a professora primária Darcylia, com quem se casou e teve três filhos: Dormevilly, Daltony e Daury.

Como servidor público, atuou na Prefeitura e na Câmara Municipal de Juiz de Fora. Nomeado pelo governador Magalhães Pinto, atuou como Intendente do município de Belmiro Braga, tendo assessorado o primeiro prefeito da cidade.

Artista plástico formado pela Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras. Membro-fundador da Academia de Letras de Juiz de Fora e do Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora. Publicou diversos livros, entre poesias, ensaios, biografias, crônicas e coletâneas de autores do município.

Sua dedicação à preservação da memória da cidade rendeu-lhe os títulos de Cidadão Honorário de Juiz de Fora (1954), a Medalha do Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld (1984) e a Medalha do Sesquicentenário de JF (2003).

Obras publicadas: “Sombras e penumbras” (1950); “Bailado das bonecas” (1954); “Cartas de um poeta desesperado” (1955); “Ânsia de descobrir caminhos” (1957); “Teares da madrugada” (1959); “Trilogia para Darcylia e outros poemas que não rasguei” (1981); “Sátiras de Belmiro Braga” (ensaio, 1958); “O ufanismo de Afonso Celso e o nacionalismo atual” (conferência, 1960); “Os santos também morrem” (biografia de Hermenegildo Rodrigues Villaça, 1960); “A casa do imperador” (monografia, 1977); “Juiz de Fora, sinais de uma história”, in Artistas de Juiz de Fora (1978); “Carnaval, anotações para sua história”, in Carnaval 79 Adeus Avenida (1979); “Poesia em Juiz de Fora – Coletânea” (organizou e participou, 1981), “Prosadores de Juiz de Fora”, coletânea volume I (organizou, 1982); “José Eutrópio” (biografia, 1987); “Duque Bicalho” (biografia, 1987); “Juiz de Fora em dois tempos” (série de artigos publicados durante o mês de maio, no jornal Tribuna da Tarde, em 1989); “Revendo o passado 1ª série” (1997); “Revendo o passado 2ª série” ( 1998); “Revendo o passado 3ª Série” (2001). Coletâneas que participou: “Letras da cidade” (2002) e Baú de Letras.

Iniciado aos 13 anos de idade, o acervo organizado por Dormevilly Nóbrega é uma das mais importantes coleções formadas em Juiz de Fora sobre assuntos mineiros e, em especial, sobre a própria cidade. São mais de vinte mil títulos, entre livros, almanaques, revistas, fotografias, jornais, e outros documentos, pacientemente acumulados ao longo de sua vida. Quadros de importantes pintores da cidade, esculturas, bustos, documentos autografados, livros raríssimos, coleções completas de jornais de Juiz de Fora do século XIX, revistas da primeira metade do século XX, e obras de autores juiz-foranos do final do século XIX e início do XX, ficavam acondicionados em dezenas de estantes ocupando seis cômodos de sua casa no Bairro de Lourdes, onde Dormevilly Nóbrega fazia questão de atender a todos que o procuravam para pesquisas. Todo este precioso acervo foi adquirido pela Universidade Federal de Juiz de Fora que cuida de sua catalogação, acondicionamento e disponibilização ao público.




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