Médicos lançam livro sobre acidentes com animais peçonhentos

Os médicos Marcelo Weiss e Jorge Paiva lançaram, na última semana, o livro “Acidentes com Animais Peçonhentos”. A obra reúne casos de acidentes registrados no Hospital de Pronto Socorro (HPS) e um levantamento bibliográfico de tratamentos e pesquisas recentes relacionadas ao tema, além de catalogar os animais peçonhentos existentes no Brasil. O livro pode ser adquirido no site da Editora Revinter ou na livraria Vozes.

Segundo Weiss, a idéia da obra surgiu a partir da necessidade de ter uma literatura recente sobre o assunto, e tem como objetivo auxiliar na identificação correta do acidente e nortear o atendimento ao acidentado de forma mais correta. “O leitor pode encontrar no livro os principais acidentes relacionados com animais peçonhentos terrestres no Brasil. O livro tem como objetivo servir como guia de tratamento para médicos na urgência e emergência”, afirma Weiss.

Alguns animais que podem ser classificados como peçonhentos são o escorpião e as aranhas, serpentes, borboletas e lagartas venenosas. Desses, as aranhas, escorpiões e serpentes são os que mais provocam acidentes nas áreas urbanas. Existe uma sazonalidade própria para cada animal aparecer, principalmente as serpentes. Já as aranhas costumam aparecer o ano todo. “Os acidentes com esses tipos de animais são ocorrências de relevância para a saúde pública e a população deve entender que moramos em um país tropical, onde tem esses animais em todo território nacional, e temos que aprender a conviver com eles sabendo o nosso limite e o deles”, ressalta Weiss.

De acordo com o médico, os moradores e trabalhadores da zona rural e as crianças são os mais propícios a sofrerem com os acidentes. Ele ainda informou que os animais fornecem perigo de lesão pelo envenenamento, que vai desde perdas totais ou partes de membros até insuficiência respiratória, danos que, se não forem devidamente tratados, podem levar à morte.

Para prevenir os acidentes, a pessoa deve manter a casa limpa e livre de mato, fazer dedetizações e, em alguns lugares, podem ser usadas galinhas para o controle. Além disso, as pessoas não devem se aproximar nem tentar capturá-los. “Se ocorrer o acidente, a pessoa deve lavar a parte do corpo que foi picada e procurar o hospital de pronto socorro mais próximo, e não tomar nenhum remédio por conta própria”, ressalta Weiss.

A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que em caso de acidentes com animais peçonhentos, a orientação é de que as vítimas procurem imediatamente o setor de Soroterapia e Profilaxia da Raiva Humana, que funciona em plantão de 24 horas no Hospital de Pronto Socorro (HPS), na Avenida Rio Branco, nº 3.408, para atendimento específico.




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