Criar uma extensão permanente e virtual da sala de aula, agregando valor à informação por meio da tecnologia. “O aluno do século XXI precisa de ferramentas que auxiliem na interação com os conteúdos ministrados pelo professor”, destaca Ilza Costa, coordenadora de Tecnologia da Educação no Colégio Stella Matutina. A Rede de Educação Missionárias Servas do Espírito Santo – mantenedora do Colégio em Juiz de Fora e de outras cinco instituições em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) – firmou uma parceria com a Foreducation EdTech, representante do Google na área de educação no Brasil, para a implantação da plataforma Google Foreducation em todas as unidades da rede. Para isso, um consultor do Google ministrou, no final de agosto, treinamentos com alunos, professores, coordenadores e diretores do colégio sobre tecnologia colaborativa.
Pelo menos outras duas capacitações ainda estão previstas para este ano. Além disso, a montagem de uma sala colaborativa e a aquisição de computadores (conhecidos como chromebooks) são algumas das outras ações em processo de implantação na unidade juiz-forana da rede.
Durante o treinamento, o consultor do Google abordou alguns temas para auxiliar na experiência com a plataforma de ensino integrado, como agenda hangout e documentos compartilhados, interação da tecnologia com educadores, criação de atividades para alunos, elaboração de uma única sala de aula para todas as disciplinas, interações com a plataforma Google Earth e orientações para alunos, tutores e professores sobre como atuar, conhecer e buscar ferramentas para mediar a aplicação do conteúdo.
“A utilização, efetivamente, é recente, mas o processo de implantação da tecnologia teve início em junho. Dentro da plataforma temos o aplicativo Classroom, onde os professores compartilham diversos conteúdos com os alunos. Costumamos dizer que se trata de uma sala de aula invertida”, explica Ilza. Nesse sentido, a informação de cunho acadêmico não transita de forma unilateral, pois não é apenas o professor que informa algo. Os alunos podem interagir entre eles e publicar vídeos, textos, fotos ou links relacionados ao conteúdo ministrado em sala de aula.
Para Tiago Reis, professor de história e sociologia e coordenador de Ciências Humanas da instituição, a plataforma é “um sistema de educação híbrida”. “Não é um meio apenas de visualização. Eu posso publicar, por exemplo, a orientação para assistir um determinado documentário e, nessa mesma postagem, pedir que os alunos comentem sobre o filme. É interativo e instantâneo, pois os alunos que utilizam a plataforma, seja pelo tablet, celular ou computador, recebem uma notificação toda vez que algo é publicado”, pontua o docente.
O aluno do terceiro ano do ensino médio Mateus Marzulo, de 17 anos, aprovou a novidade tecnológica. “Antes, ficávamos limitados à sala de aula. Agora, temos uma oportunidade de interação e aprendizado muito maior. Sinto-me mais motivado a aprender. O compartilhamento de conteúdo por todos ajuda a gente a aprofundar aquilo que foi apreendido”, disse.