A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), através da Secretaria de Saúde (SS), realizará no próximo sábado, 2, das 8h às 17h, uma nova edição da Campanha de Vacinação Antirrábica na área urbana. Serão vacinados cães e gatos a partir de três meses de vida. As doses serão distribuídas em pontos estratégicos, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros, escolas, postos volantes e outros espaços públicos. A lista completa pode ser conferida no site da PJF. A expectativa é vacinar cerca de 40 mil animais.
De acordo com o médico veterinário do Setor de Zoonoses e coordenador da campanha, José Geraldo de Castro Júnior, o objetivo é prevenir a raiva nos seres humanos através da vacinação dos principais transmissores, que são os cães e gatos. “Em função dessa campanha, não temos casos de raiva em cães e gatos na cidade desde 1998 e também não temos casos em humanos. Mas, na zona rural, temos em bois e cavalos, pois os donos desses animais não realizam a vacinação”, afirma Júnior. Ele ainda ressalta que, se uma pessoa for agredida pelo animal, deve se dirigir ao pronto socorro no setor de soroterapia e tomar a vacina preventiva.
O veterinário explica que a raiva é uma doença causada por vírus e provoca alterações no sistema nervoso central. Logo, o animal que está com a patologia perde a coordenação das patas traseiras; para de beber água e se alimentar, em função da paralisia da musculatura da garganta; tem aversão a luz e, no período máximo de 10 dias, acaba morrendo. Esses sintomas de alterações neurológicas ocorrem também no ser humano.
Segundo o veterinário, a vacina não tem nenhuma contra indicação. Ele orienta que os cães mais agressivos, que dificultem a aplicação da vacina, devem ser levados com focinheira e coleira com enforcador, e, os gatos, em caixa de transporte, para facilitar o processo de vacinação. “Sempre uma pessoa maior de idade deve levar o animal. Se tiver mais de um, é recomendado levar um de cada vez, para evitar muita aglomeração no local de vacinação. Quem vai fazer a contenção do animal será o dono e não a pessoa que está aplicando a vacina, por isso é recomendado uma pessoa que já está acostumada com o animal levá-lo”, orienta Junior.
A secretária escolar Ana Paula da Silva tem um cachorro de estimação e, apesar de não acompanhar o calendário oficial da prefeitura, está sempre atenta à saúde de seu animal e o vacina anualmente. “Eu vacino ele todo ano no mês de janeiro. Separo uns dias no mês das férias só para cuidar disso”, afirma, reconhecendo a importância da vacinação.