Evento na UFJF debate gestão e prevenção de desastres ambientais

A ocorrência de desastres naturais e tecnológicos, e as medidas de prevenção a esses acidentes foram assuntos debatidos nessa quinta-feira, 24, durante o 1º Seminário Regional de Gestão em Proteção e Defesa Civil, organizado no Anfiteatro do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Duzentas e cinquenta pessoas, entre elas, membros da comunidade acadêmica, do Corpo de Bombeiros (CB), da Defesa Civil (DC) e de outros órgãos da segurança pública, estiveram presentes, discutindo sobre a preparação para os desastres e as maneiras com as quais a comunidade e os órgãos públicos podem aumentar a sua resiliência, conceito que se refere à capacidade que as comunidades têm de enfrentar os riscos de desastre e, caso ele aconteça, absorver, adaptar-se e recuperar-se de maneira eficiente.

Segundo o assessor de comunicação do 4º Batalhão de Bombeiros Militar de Juiz de Fora, tenente Evandro da Silva, também foi a oportunidade para promover a troca de experiências. “Essa troca de informações e conhecimentos adquiridos visa contribuir para a melhoria do serviço prestado para a comunidade”, destacou.

De acordo com o tenente, quando se fala em defesa civil é preciso entender que todas as pessoas fazem parte e devem contribuir para a proteção social, e o evento vem para fomentar essa sensação na sociedade. “Pensamos em realizar a iniciativa no meio acadêmico, justamente para atingir essa parte da população, de onde sairão os futuros gestores e desenvolvedores desse trabalho na sociedade, além de promover maior conscientização”, frisou da Silva, exemplificando com o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, ocorrido na madrugada de 27 de janeiro de 2013, onde centenas de jovens foram intoxicados por fumaça produzida pela queima de uma espuma acústica após o vocalista da banda que tocava no local ter acendido um artefato pirotécnico dentro do estabelecimento. A tragédia terminou com 242 mortos e mais de 600 feridos. “O intuito é ajudar as pessoas que se encontrarem nesse tipo de situação a se sentirem preparadas para enfrentar o evento e que elas possam trabalhar com formas de prevenção”, acrescentou.

 

PREPARAÇÃO

O chefe da Divisão Operacional do 3° Comando Operacional de Bombeiros (COB), major Alexandre Humia Casarin, explicou que a análise do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (ABDN), que aponta a região da Zona da Mata mineira como a mais atingida por movimentos de massa, como deslizamentos de terra, inundações, entre outros desastres naturais, foi o ponto de partida para desenvolver o seminário. “Existe um convênio entre o Corpo de Bombeiro e a UFJF, que tenta propor medidas de mapeamento para as áreas de risco, que estão sendo iniciadas. Nisso, também verificamos a importância de realizar seminários, divulgando ações nos meios acadêmicos, onde professores e alunos estão presentes, e vão poder repassar o aprendizado para a comunidade. O mais importante é fazer com que uma cultura de risco seja disseminada na sociedade, que será criada através da interação com os órgãos públicos de defesa”, concluiu.




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