Representante mineira é eleita Miss Brasil Gay após dez anos de sua primeira participação

Guiga Barbieri, Miss Minas Gerais, foi coroada no último sábado, 19, a Miss Brasil Gay 2017. Além de levar para casa o título máximo da noite, a candidata teve os seus trajes típico e de gala eleitos os melhores do concurso.

Este ano era a última oportunidade de Guiga participar. As candidatas podem concorrer em três edições e por estados diferentes. Guiga é gaúcha e mora em São Paulo. Ela foi eleita Miss Minas Gerais em 2014, mas devido ao hiato da edição nacional do concurso, manteve o título até essa edição do Miss Brasil Gay.

“A primeira vez que eu participei do Miss Brasil Gay foi em 2007 e consegui ficar entre as 12 finalistas. Na segunda, em 2011, fiquei em quarto lugar”, contou Guiga. Para ela, ter participado das outras vezes lhe ajudou a compreender o conceito do concurso e se tornar uma candidata completa. “O Miss Brasil Gay é um evento que busca uma miss mais completa possível. Então, é muito difícil uma candidata estreante já ter essa leitura real do concurso”, acrescentou a miss.

Atualmente, Guiga mora em São Paulo e sua equipe de produção no Rio de Janeiro, o que lhe fez se dedicar cada vez mais ao concurso. “Foi um investimento muito alto que eu fiz em termos de produção, estética e viagem. Durante dois meses viajei para o Rio de Janeiro para fazer as provas do traje. Foi uma dedicação completa e tive que abdicar de coisas pessoais para fechar esse conjunto apresentado no sábado”, ponderou Guiga, que afirmou que teve apoio de familiares e amigos.

OS MELHORES TRAJES DA NOITE

Guiga representou, na etapa de trajes típicos, uma lenda da capital mineira. “O Henrique Filho [estilista] fez uma leitura perfeita da minha personalidade e eu acho isso muito importante para um concurso de beleza. A gente tem que estar à vontade com o que está vestindo”, ressaltou a miss. “Eu gosto muito de coisas clássicas, mas também de uma pegada contemporânea e tecnológica. Portanto, no traje típico, a gente quis fazer uma mistura. Eles buscaram e fizeram uma pesquisa da lenda do ‘Capeta de Vilarinho’, que é um bairro em Belo Horizonte, e foi criada a fantasia do capeta”, completou. Para composição do traje, a equipe utilizou uma asa motorizada.

Já o traje de gala de Guiga representava as cachoeiras mineiras. “Um dos momentos mais importantes foi quando eu entrei com o traje de gala, pois veio uma força muito bacana, porque o vestido pesa quase 25kg de cristais e eu sou muito leve e tinha que desfilar de uma maneira que as pessoas me vissem assim, leve. Então, eu creio que esse foi um dos melhores momentos da noite, pois percebei que conseguiria levar o vestido como deveria ser”, contou.

Para a miss, outro momento especial foi a coroação. “É um momento mágico, que foi um dos mais importantes da noite e da minha vida também, pois significa que valeu todo o esforço e dedicação”, exclamou Guiga.

Durante o concurso, ela se manteve concentrada, já que era a sua última chance de vencer. “Eu preferi ficar no meu camarim com a minha equipe, tranquila e concentrada no que eu iria fazer. Minha equipe foi nota mil e esse prêmio é deles também”, disse.

SER A MISS BRASIL GAY E PROJETOS FUTUROS

Guiga contou que sempre sonhou em ser porta voz da comunidade LGBT+, mas não apenas como uma referência de beleza. “Eu quero ser uma referência de ideologias para o mundo LGBT+. Eu acho que ter credibilidade, confiança, profissionalismo, e, principalmente, ter dignidade é o que a gente busca a cada dia dentro da comunidade”, frisou Guiga.

Ela espera que este ano seja de muito trabalho e dedicação a comunidade LGBT+. “Eu estou com muitos planos e projetos muito bacanas junto com a produção do concurso. Eu quero fazer muitos trabalhos sociais para a comunidade, dentre eles, a fundação de uma ONG. Também quero dizer aos LGBT+s que podem contar sempre comigo”, finalizou.




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