A Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae) de Juiz de Fora está promovendo uma campanha para arrecadar computadores e acessórios, que serão utilizados no laboratório de informática da instituição, para dar continuidade às práticas de inclusão digital dos alunos. Atualmente, a sala conta com 10 máquinas, dessas, apenas seis estão funcionando, de forma muito precária.
“Atendemos a grupos de 10 alunos, mas não temos computadores para todos. Além do mais, em alguns equipamentos, o som, o drive de CD e DVD, o teclado ou o mouse não estão funcionando, sendo que para algumas atividades, eles são determinantes para a realização”, explica a Professora de Informática Educativa da instituição, Fabiana Campos.
Segundo ela, a campanha foi lançada com intuito de reutilizar os materiais que as pessoas não utilizam mais. “Hoje em dia, todo mundo está aderindo aos equipamentos portáteis, como o notebook, celular, e aquele computador de mesa acaba ficando sem uso. Por isso, caso elas possam e queiram nos oferecer essa máquina, ela será bem-vinda. Entretanto, não gostaríamos de receber sucata, pois nossos materiais já estão degradados”, reforça Fabiana, acrescentando que caixas de som, impressoras, fones de ouvido, entre outros equipamentos, que estiverem funcionando, serão aceitos, além de uma ajuda para manutenção dos equipamentos. “Os equipamentos precisam de manutenção periódica e, caso alguém se interesse em dar essa força para a instituição nos ajudará bastante. Precisamos desse suporte e do apoio”, completa a professora.
INCLUSÃO DIGITAL
Desde o início do ano, a Apae vem executando o projeto de extensão Inclusão Digital, que alia a teoria à pratica. O atendimento é prestado às crianças, jovens e adultos e trabalha com duas vertentes: Informática Educativa, onde cerca de 60 estudantes, de até 14 anos, realizam atividades com ferramentas e software para exercitar a memória, a criatividade, além de aprenderem a educação inicial e o projeto de Assistência, no qual 40 jovens e adultos recebem um trabalho de inclusão digital, por meio do acesso às redes sociais.
Fabiana conta que a iniciativa foi criada para oferecer maiores condições e suporte aos alunos no acesso às tecnologias. “O objetivo é oferecer aos usuários da Apae, acesso aos recursos tecnológicos, possibilitando o desenvolvimento cognitivo, a autonomia a identidade ao ser pessoa. Com isso, garantimos que ele se conheçam como pessoas com deficiência e compreendam as suas limitações”, esclarece.
Dentre as atividades instituídas no laboratório está a página “Inclusão Digital Apae” no Facebook, construída para que os alunos sejam vistos e acolhidos pela sociedade, já que, de acordo com a professora, são jovens com muito interesse pela tecnologia. “Em alguns casos, a família não fornece para eles a liberdade de acessar as redes sociais em casa, então, facilitamos isso na Apae e promovemos intuitivo que eles acabam gostando. Na instituição, eles aprendem também a manusear os dispositivos e acessar o conteúdo de interesse deles, que eles gostam”, ressalta.
Ainda conforme Fabiana, visualizar, curtir e acompanhar a página é de extrema importância para os alunos, que se sentirão cada vez mais inclusos no mundo digital. “O Facebook é o local onde divulgamos nossas festividades, as atividades realizadas na entidade e os alunos gostam de ser vistos, e sentem que estão participando e fazendo alguma coisa. Então, o simples fato de entrar na página, curtir ou comentar é de grande ajuda para eles, afinal, eles querem se sentir acolhidos no mundo digital”, conclui.
Para ajudar, basta comparecer à sede da Apae em Juiz de Fora, localizada na Rua Custódio Tristão 2, bairro Santa Terezinha. O contato pode ser feito também por meio do telefone (32) 3224-6850 ou pelo site da instituição (http://juizdefora.apaemg.org.br/).