Tem sido uma oportunidade de aprendizagem e crescimento os meus artigos que tenho escrito para o nosso querido Diário Regional, uma vez que me permitem bater papo com os síndicos que lêem os mesmos e que nos encontros das ruas, acrescido de nossas participações em assembleias ou visita aos condomínios – o que nos permite levantar dados e fatos para análise e estudos sobre a administração de condomínio, somando à nossa experiência de consultor empresarial – nos leva a meditar sobre a antiga frase, que não sei quem foi o primeiro a dizer: “A educação é arte do coração”. Daí posso, nesta conversa com os síndicos, dizer que a falta de uma comunicação eficaz, juntamente com a falta de planejamento, organização, coordenação e controle, leva aos condomínios resultados negativos, pois a falta de dialogo, embora ocupando o mesmo espaço, nos deixa distantes uns dos outros.

Estamos vivendo um momento de crise no país e precisamos mudar nossos métodos e aceitar algo novo ou uma modificação de algo em nossas maneiras de ver e atuar de nossas vidas, ou seja, de nós mesmos. Isto porque aceitação é um ato de boa vontade, de mente aberta, de sabedoria e humildade. Precisamos aprender de uma vez que a única pessoa que podemos modificar somos nós mesmos, portanto, aceitar é colocar-se pronto para ver a dificuldade ou o problema de outro ângulo, sob outro prisma.

Um condomínio de qualidade corresponde a condôminos e administradores de qualidade, dedicados aos interesses coletivos, fiéis aos princípios da participação e da ética. Daí aproveito a crônica “Maktub”, do “grande” Paulo Coelho. Da honra: “a vida nos pede constantemente: participe. Quem omite as barbaridades que vê, está prestando serviço a força das trevas. Há momentos em que evitamos a luta. Sob os mais diversos pretextos: serenidade, maturidade, senso de ridículo. Vemos a injustiça sendo feita a nosso próximo e ficamos calados. ‘Não vou me meter à toa em brigas’, é a explicação. Isto não existe. Quem percorre um caminho espiritual, carrega consigo um código de honra a ser cumprido. A voz que clama contra o que está é ouvida por Deus”.

Esta crônica de Paulo Coelho nos permite analisar a ausência de condôminos nas assembleias de condomínios, onde existem os dispersos e desinteressados, avessos a novas propostas e ideias, esquecendo-se que condomínio precisa ser eficiente e eficaz, pois todos pagam as contas. Muitos dizem que se o síndico for bom, o condomínio vai bem.

Temos uma percepção diferente: se fosse a premissa correta, teremos condomínios oscilantes, fortes num período, fraco no outro, ao sabor do síndico. Tenho certeza de que um condomínio não é feito apenas da pessoa do síndico, mas da totalidade de seus condôminos. Conforme disse anteriormente, a qualidade do condomínio corresponde a condôminos e gestores de qualidade, que se dedicam aos interesses da comunidade condominial, onde todos participam eticamente.

Há condôminos que pouco ou nada se importam com as assembleias a até mesmo não leem as atas. Aparentemente, consideram a participação nas reuniões subalterna. E há aqueles que gostam de dar palpites, mas não vão às assembleias, e muitos usam nomes de outros para ver seus pontos de vista implantados, fogem das assembleias para se preservar, quando deveriam ir defender o que acham de suas posições. Razão porque o síndico deve levar tudo para decisão da assembleia, onde todos possam opinar.

Sabemos que condomínio é um grupo social espontâneo, onde cada um escolhe o apartamento onde morar, mas não os seus vizinhos. Daí, é como no trabalho, “se não faço o que gosto, tenho que aprender a gostar do que faço”, razão pela qual o vizinho passa a ser parente mais próximo e certamente precisamos aprender a conviver com as diferenças.

Até o próximo!




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