Em tempos de crise, as boas vagas de emprego ficam mais escassas e a oferta de profissionais no mercado aumenta. Por mais que este parâmetro se mostre mais confortável para quem deseja contratar, a alta rotatividade em uma empresa é extremamente prejudicial para toda organização.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Harvard, cerca de 80% do turnover, ou seja, das pessoas que deixam de trabalhar para uma determinada empresa, estão relacionados ao erro no próprio processo de contratação. No Brasil, essa taxa é de 35%. Então, uma empresa com 100 funcionários precisa fazer 36 contratações no ano e quase 29 delas será por erro na contratação.
Afinal, quanto custa contratar errado?
Existem os prejuízos imediatos que chamamos de custos diretos. São os valores empreendidos em processos seletivos terceirizados, tempo de trabalho das equipes de recursos humanos, encargos trabalhistas.
Segundo o portal Exame.com, o custo de uma contratação errada pode ser de até 15x o valor do salário do colaborador, sendo assim, para um colaborador que ganhe um salário mínimo, o custo da contratação errada pode ser de até R$14.055,00!
Nesse prejuízo, ainda faltam ser computados os chamados custos indiretos. Existem os custos do ambiente de trabalho negativo que é criado com a alta rotatividade, perdas de oportunidades de negócios com um funcionário mal contratado, pagamentos de possíveis indenizações, advogados e etc.
Ter o colaborador certo para a função certa passa pelo entendimento do perfil comportamental de cada pessoa. Para tomar decisões mais assertivas, o departamento de RH deve considerar o comportamento do candidato no processo seletivo. Esse é o caminho que eu acredito.
Por isso, ao coordenar um processo de contratação, precisamos ficar atentos a algumas questões que vão além do currículo. Quais são os fatores motivacionais daquele candidato? Você saberia dizer qual o estilo de liderança que aquela pessoa é capaz de exercer? Você sabe manter aquele profissional engajado e com isso aumentar a sua produtividade?
Para cada candidato que a empresa foi assertiva em contratar, é possível realizar mapeamento de perfis comportamentais que poderiam trazer os insights necessários para compreender mais sobre cada candidato.
O capital humano é e sempre foi o principal ativo de qualquer empresa. Afinal, são as pessoas que executam, planejam e tornam realidade os grandes projetos.
Autor: Luís Otávio Loures da Conceição, empresário, 15 anos de experiência desenvolvendo soluções com a Metodologia D.I.S.C., Sócio-Diretor da DomIneSCo Soluções em Gestão de Pessoas LTDA.