As chuvas em Juiz de Fora parecem ter cessado, mas, mesmo assim, os níveis de abastecimento de água, segundo a Cesama, não são preocupantes. “Mesmo diante do período de estiagem, os índices do volume útil de acumulação estão dentro dos padrões para esta época do ano. Não temos nada comparado a crise hídrica [que atingiu toda a região Sudeste do país] em 2014 e 2015”, garante Márcio Augusto, diretor técnico-operacional da Cesama.
Márcio explica que a situação favorável, na medida em que não há possibilidade de crise de abastecimento a médio prazo, se deve aos benefícios resultantes da obra de interligação da adutora de Chapéu d’Uvas à Estação de Tratamento de Água (ETA) Marechal Castelo Branco, que antes tratava apenas a água da Represa João Penido. A obra teve início em 2015, e o empreendimento foi inaugurado em maio deste ano.
Segundo dados repassados pelo diretor técnico-operacional, as represas de São Pedro, João Penido e Chapéu d’Uvas correspondem hoje a 71%, 64% e 66% do índice de volume útil de acumulação, respectivamente. Das três, a única que registrou inexpressiva queda foi a de João Penido, que, no mesmo período do ano passado, estava com 68% do índice de volume útil de acumulação. “Vale dizer que 10% da variação de Chapéu d’Uvas corresponde a uma João Penido cheia. Então, essa pequena mudança em relação ao ano passado não é um fator preocupante”, complementa o diretor da Companhia.