Volkswagen é investigada por fraudar testes ambientais em veículos a diesel

O Serviço Europeu de Luta Antifraude (Olaf) revelou que a montadora alemã Volkswagen recebeu um empréstimo de 400 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) para criar o motor envolvido no escândalo “Dieselgate”.

A denúncia é fruto de uma investigação iniciada em novembro de 2015, dois meses depois do estouro do caso, quando a empresa admitiu ter fraudado testes ambientais em veículos com motores a diesel nos Estados Unidos e na União Europeia.

Segundo o Olaf, o empréstimo foi concedido em 2009 pelo BEI, que tem como objetivo financiar grandes projetos industriais. O dinheiro ajudou a Volkswagen a desenvolver o motor EA 189, no qual foi instalado um software para manipular dados sobre emissão de poluentes.

Ao tomar o empréstimo, a montadora garantiu que o equipamento buscaria proporcionar reduções nas emissões e no consumo de combustível e que a empresa se tornaria a “mais inovadora” entre as fabricantes de automóveis.

O motor com o sistema fraudulento foi instalado em aproximadamente 11 milhões de carros a diesel no mundo todo, sendo 600 mil apenas nos Estados Unidos, onde a Volks já teve de pagar mais de US$20 bilhões em multas.

Nesta quarta-feira, 2, as grandes montadoras alemãs se reuniram em Berlim, capital do país, com representantes de quatro ministérios, nove estados e da autarquia reguladora do setor automotivo para discutir eventuais mudanças nos motores a diesel.




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