Vandalismo afeta funcionamento dos coletivos

A depredação das partes internas do transporte coletivo e as pichações dos bancos são os problemas mais comuns enfrentados pelas empresas de Juiz de Fora, que administram os 601 veículos da frota da cidade. Desde 2016, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) vem substituindo os carros antigos por veículos 0 km, e trabalha com a previsão de renovar toda frota até 2018. Até agora, mais de 150 ônibus foram trocados, entretanto, a população juiz-forana ainda convive com os velhos problemas.

A reportagem do Diário Regional esteve a bordo do coletivo da linha 215 (Bairu / Cruzeiro do Sul), onde os populares também relataram que as ações de vandalismo são rotineiras e vão além das pichações. Dentro do veículo foi possível perceber papéis de bala, biscoito, e alguns chicletes colados nos assentos e assoalhos. “É uma falta de respeito, e uma situação muito desagradável para a população. Nem parece que os carros são novos, pois continuamos a conviver com a velha depredação”, comentou um idoso, de 67 anos, usuário da linha.

De acordo com o Gerente de Operação da Viação São Francisco, José Roberto Baganha Ribeiro, a ação traz prejuízos para os próprios usuários. Segundo ele, em alguns casos, os coletivos chegam a ficar um bom tempo parado para manutenção e limpeza, trazendo, ainda, custos adicionais para as empresas. “O ato de vandalismo gera um custo considerável. Quando ocorre é preciso investir em produtos específicos de limpeza, em mão de obra, e os ônibus acabam ficando parados para a manutenção”, explicou.

Ribeiro reforçou que é preciso um trabalho maior de conscientização, principalmente nas escolas, onde, de acordo com o gerente, no período das aulas o vandalismo é ainda mais frequente. “O tema deve ser debatido com os jovens nas escolas, com país de alunos e os líderes de bairros, no intuito de mostrar para eles a importância de preservar um bem que é da comunidade. Sem falar que a prática é um ato criminoso, que prejudica os próprios usuários”, destacou.
A população também pode contribuir, informando a Polícia Militar (PM) através do número 190, já que estes atos são considerados crimes pelo Artigo 163 do Código Penal e tem previsão de multa e detenção de um mês a três anos, conforme a penalidade cometida.




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