Mapeamento genético permite prever a ocorrência de doenças graves

Uma técnica ainda pouco difundida no país vem revolucionando a medicina mundial. O mapeamento genético é um conjunto de medidas que pretendem diagnosticar uma mutação hereditária nos genes, que é responsável pelo aumento de casos de doenças, como câncer, diabetes, entre outras. Qualquer pessoa com histórico familiar de uma determinada patologia, especialmente, casos que ocorreram em parentes de primeiro e segundo grau, podem se submeter ao exame.

Conforme a oncologista clínica, Mariana Abad, especialista em oncogenética, o procedimento é uma simples consulta, que avalia todo o histórico pessoal do paciente e, a partir disso, são feitas as técnicas de prevenção de uma possível doença. “O teste é feito através de amostra de saliva, encaminhado para análise, e o resultado chega em, no máximo, 30 dias”, explicou.

Ainda segundo a especialista, o mapeamento genético é fundamental, pois fornece dados para que tanto médicos quanto pacientes possam tomar decisões mais acertadas sobre a saúde. “O mais importante é evitar que a história dolorosa de uma família, com diversos casos ou mortes ocasionadas pelas doenças, se repita”, acrescentou.

CASO FAMOSO

A atriz americana Angelina Jolie realizou dupla mastectomia (cirurgia de remoção completa da mama) e também a retirada dos ovários, aos 37 anos, com a intenção de reduzir os riscos de desenvolver câncer de mama, que vitimou sua mãe aos 56 anos e também sua tia-materna. A atriz descobriu a mutação no gene BRCA 1, após um exame realizado nos Estados Unidos prever alta probabilidade de câncer de mama.

Na época, os médicos disseram que Jolie tinha 87% de chances de desenvolver um câncer de mama e 50% de ter um câncer no ovário.




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