Há um velho ditado que diz que “beleza não põe mesa”.
E isso é verdade para vários aspectos da vida: as belas aparências podem estar camuflando um interior supérfluo… as boas embalagens escondendo produtos ruins… os belos invólucros dissimulando um conteúdo sem qualidade.
Entretanto, há um complemento para aquele dito popular que diz: “Beleza não põe mesa, mas abre o apetite”.
Responda com sinceridade: quando vai receber uma visita em casa, o costuma fazer?
Arruma a casa toda, faz uma limpeza geral, separa as melhores louças?
Conheço algumas pessoas que chegam até a tirar o lençol de cima do sofá e deixar o filho chato com os vizinhos por alguns minutos.
Fazemos isso porque queremos receber bem àqueles que irão nos visitar. Preparamos o ambiente com carinho para que quem venha tenha uma boa recepção e uma boa impressão inicial.
Se a visita chega e é recebida em um ambiente desleixado é provável que não se sinta bem-vinda.
Uma boa aparência não é garantia de um bom conteúdo, mas uma má aparência também não.
Preparar o ambiente é pensar com carinho no visitante, recebê-lo e acolhê-lo bem. Mostra que ele é querido ali. Quem entra percebe essa diferença.
Se isso funciona assim em casa, onde convidamos apenas conhecidos, que teoricamente são mais compreensivos e tolerantes, imagine a importância de criar um ambiente atrativo e bem pensado para as lojas, onde os visitantes são clientes exigentes!
A boa aparência das lojas, desde a vitrine até a disposição dos produtos é peça fundamental para o êxito do empreendimento.
Convidamos, então, a Design de Interiores e consultora em Visual Merchandising, Sayonara Barbosa, para dar as dicas de como criar lojas atrativas, receptivas, belas (e com conteúdo).
O design dos expositores em tom neutro aliado à iluminação valoriza os produtos.
Neste projeto, o destaque é para materiais ecologicamente corretos como o bambu que reveste a parede e o teto, troncos de árvores, pendentes de lâmpadas de reuso e o charmoso piso em ladrilho hidráulico de demolição.
Nesta loja infantil, as cadeiras em tons pastéis foram fixadas à parede se transformando em charmosas araras e prateleiras.
A base em tom escuro ajuda à destacar os produtos super coloridos.
A acessibilidade tem que estar sempre presente como rampas de acesso, provadores adaptados, circulação mínima que permite trânsito de cadeirantes e sinalização tática.
Para que o consumidor se sinta confortável na hora das compras, o ponto de venda tem que proporcionar circulação confortável, iluminação estratégica e ergonomia.
As cores traduzem a atmosfera e o conceito do projeto criando um ambiente acolhedor e descontraído.
A vitrine é responsável por 50% da venda, ela traduz o conceito da marca. Iluminação adequada e produto em destaque é venda garantida.