A infelicidade e as desgraças criadas pelo desejo de autopunição

A infelicidade e os sofrimentos que surgem no mundo fenomênico são, em sua maioria, uma forma de autopunição do homem. O “pecado” se contrapõe à “virtude”, e a ideia comum a toda a humanidade é a de que o “pecado” é remido através da punição. A autopunição, como o próprio nome indica, é o ato de castigar a si mesmo para remir os pecados. De certa forma, é um ato de “dignidade” praticado com boas intenções, e é por isso que vemos uma espécie de “retidão” nas pessoas que procuram a autopunição ou o auto-sacrifício. Devemos, porém, entender o seguinte: os desejos de autopunição e auto-sacrifício estão baseados no pensamento errôneo de que existe, neste mundo criado por Deus, “pecados” e “males” que precisam ser remidos através da punição, e é essa ilusão que provoca a manifestação das infelicidades, dores e desgraças neste mundo do fenômeno.
Ao ver a infelicidade abater-se sobre uma boa criatura, muitas pessoas se sentem assaltadas por dúvidas e perguntam:
“Por que uma pessoa tão bondosa tem de sofrer essa infelicidade?” O que acontece é que as boas pessoas, quando não conhecem a perfeição do “Jisso”, têm maior tendência para sentir o desejo de auto-sacrifício ou autopunição, e, consequentemente, criam a sua própria infelicidade.

Os “males” e a “infelicidade” são “filmes” produzidos pelo homem
É o próprio ser humano quem cria a infelicidade, as doenças e as desgraças, com seus pensamentos errôneos e com seu desejo de auto-sacrifício ou autopunição. Não é Deus o responsável. A compreensão desta verdade elimina as dúvidas daqueles que perguntam: “Se Deus é Bem, é Amor, e é onipotente, por que existem doenças e desgraças neste mundo?”
Todos os males e a infelicidade são criações do homem. E este mundo fenomênico criado pelo homem é o “mundo das formas aparentes”, e não tem “existência real”. É como um “filme”, cujo produtor é o homem. Diante desta verdade, tornam-se improcedentes as perguntas como: “Por que existem males e infelicidade no mundo criado por Deus?” Somente o “mundo de existência real” é o “mundo criado por Deus”, e está sempre repleto de bem e felicidade. Se o “mal” e a “infelicidade” surgem em nossa vida, é porque, durante o processo para manifestarmos no mundi fenomênico o bem e a felicidade do “mundo da existência real”, tivemos idéias errôneas em nossa mente ou desobedecemos à correta ordem das coisas.

A infelicidade e as desgraças são causadas pela desobediência à correta ordem do mundo do Jisso
A ordem existente no mundo do Jisso é semelhante à ordem existente num lar, onde cada membro está no seu devido lugar, desempenhando perfeitamente a própria função: o pai como pai, a mãe como mãe, o homem como homem, a mulher como mulher, o marido como marido, a esposa como esposa, o filho como filho, etc. Por exemplo, num lar onde o filho não procede como filho, e causa tristeza aos pais, manifestar-se-ão infelicidade e desgraças. É que, em tais casos, o procedimento da pessoa impede a perfeita manifestação da correta ordem que existe no reino de Deus. Outro exemplo: se a esposa não procede como esposa, querendo dominar o marido ou mostrando má vontade para com ele, manifestar-se-ão infelicidades no lar. Também neste caso, a causa está na violação da correta ordem das coisas.
Como vemos, todas as infelicidades, doenças e desgraças surgem no mundo fenomênico quando a própria pessoa pratica atos contrários à correta ordem do mundo do Jisso. Também as grandes desgraças como as guerras ocorrem neste mundo quando os homens contrariam a correta ordem do mundo do Jisso, onde, na verdade, todos são Filhos de Deus e estão vivendo em perfeita harmonia, reverenciando-se e cooperando uns com os outros.

Para “realizarmos” um mundo feliz
Para vivermos felizes e sadios neste mundo fenomênico, totalmente livres de dores e sofrimentos, é essencial compreendermos que “a matéria é projeção da mente”.
Devemos abandonar a tendência de disputar as coisas materiais, e, após efetuar a necessária transformação da mente, decidir-nos quanto ao nosso comportamento daí em diante. E indispensável que nosso modo de proceder esteja de acordo com a correta ordem do mundo do Jisso.
Em outras palavras, cada um deve proceder corretamente, segundo suas funções: os pais, os filhos, o marido, a mulher, cada qual no seu lugar.. Os conflitos e as desgraças surgem quando as pessoas confundem a “falsa igualdade” com a verdadeira democracia e começam a defender, cada um por si, apenas os Interesses próprios, sem se importar com os outros.
Outra coisa necessária, para eliminar do nosso subconsciente as idéias de “autopunição” e “auto-sacrificio”. é a leitura assídua do Seimei no Jisso e a prática diária do Shinsokan.




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