Tendo em vista, contados com síndicos e outras pessoas que comentaram sobre o programa “Mesa de Debates” da TVE Juiz de Fora, que apesar dos elogios alegaram que a falta de tempo deixou dúvidas sobre alguns pontos, vamos a partir de hoje tentar desenvolver sobre as dúvidas.

Condomínio/Empresa: quando comparamos gestão condominial e gestão empresarial observamos que a empresa familiar é o tipo empresa que mais se aproxima do nosso modelo, onde às vezes, “o filho do dono” assume o cargo de gerência sem o devido preparo, com conhecimento que julga ser suficiente para proporcionar resultados positivos. Fato semelhante acontece nos condomínios, em que pessoas (condôminos ou não) assumem o cargo de síndico sem conhecer ou se preparar para conhecer a complexidade de administrar um condomínio que também pode ser comparado à “Administração Pública”.

Uma significativa diferença entre condomínio e empresa é que na empresa é possível alterar qualquer coisa em função do interesse de quem está no comando, seja um grupo ou indivíduo. Já no condomínio, há de se respeitar o interesse coletivo em primeiro lugar. Nesta análise, podemos ter uma visão de que administrar um condomínio está mais próximo da administração pública, não podendo o síndico esquecer as leis, e principalmente a constituição do pais, que é a maior delas.

Portanto, é fundamental a observação o que dispõe o Capítulo Constitucional da “GARANTIAS E DIREITOS INDIVIDUAIS”, onde se destaca: “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE AS LEIS”, o “DIREITO DE IR E VIR”, o “DIREITO DE FAZER OU DEIXAR DE FAZER SOMENTE EM VIRTUDE DE LEI”.

Concluímos então que o síndico não pode criar, por sua conta, regras que não estabelecidas na convenção ou Regimento Interno ou Leis. Para que os condôminos estejam obrigados a cumprir, torna-se necessário que as regras sejam discutidas e aprovadas em Assembleia Geral Extraordinária específica, convocada devidamente.

Outro aspecto é que nas empresas podem tomar empréstimos em bancos e outros meios para investir ou cobrir suas necessidades, já o condomínio terá que ratear entre seus condôminos (proprietários).

Daí já podemos concluir, que a gestão condominial e a gestão empresarial embora com semelhanças como: respeitar as pessoas, saber lidar com suas diferenças, expectativas, necessidades diferentes, são o que mais importante existem nas empresas e nos condomínios, onde os gestores precisam estar preparados para lidar com elas, para obter seus resultados, usando o planejamento, a organização, a coordenação, o controle e seus conhecimentos e custos e benefícios. Isso porque não há como gerenciar sem pensar no ser humano.

O ser humano é um animal social. Essa assertiva de Aristóteles já foi, há muito, acolhida pelas diversas ciências que estudam a humanidade. Não há possibilidade de desenvolvimento sem o grupo. Assim sendo tanto nas empresas como nos condomínios todos os membros estão interligados por uma rede de relações que acontece de maneira natural, independente da vontade de cada um. Portanto, o sucesso de toda comunidade está de acordo com o comportamento de cada membro, havendo uma dependência de que a paz, harmonia e os resultados positivos dependem dos resultados da comunidade. Então vamos ver a importância do princípio de parceria. Portanto a parceria envolve participação e que cada membro desempenhe o seu papel com o compromisso e responsabilidade. Pois esse princípio agrega os valores de cooperação e solidariedade. Pois só assim os membros possam compreender melhor as necessidades da coletividade.

Também é importante o Principio da Civilidade que abrange todos os demais princípios, cujo fundamento é o respeito – palavra chave para harmonizar relações, Sua ausência repercute de forma desastrosa e torna necessário que cada membro da comunidade faça uma revisão intrapessoal e interpessoal.

Concluímos que pelo princípio da interdependência que todos os condôminos, moradores em condomínio estão interligados por uma rede de relações que acontece de maneira natura, independente da vontade de cada um. Portanto o sucesso de toda comunidade está sujeito a participação de cada um para o sucesso da coletividade. Compreender a interdependência significa compreender as relações. Daí a importância do sindico como líder, sabendo que ao discutir um fato ou até mesmo uma critica não tem nada de pessoal, ou seja: um erro não significa que indivíduo que o cometeu é uma pessoa de vida errada.




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