Cemig investe R$4 milhões em ações preventivas contra incêndios

Além do tempo seco, a expressiva diminuição da umidade relativa do ar no mês de julho também contribui para a ocorrência de queimadas, que podem causar interrupções no fornecimento de energia elétrica. De acordo com informações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em 2016 ocorreram 471 desligamentos em virtude de incêndios, que afetaram mais de 267 mil consumidores no estado. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), até o início deste mês, já aconteceram 880 focos de incêndio em Minas Gerais. Nesse sentido, a Companhia está investindo, neste ano, R$4 milhões com ações de prevenção.

Nos primeiros cinco meses de 2017, a Companhia constatou 79 interrupções que prejudicaram o fornecimento de energia para aproximadamente 23 mil clientes. “Há um custo para restabelecer o serviço, e a empresa deixa de arrecadar. Dependendo do local, a segurança à noite pode ficar comprometida com a falta de iluminação. Em hospitais, por exemplo, há ainda o risco de morte de pessoas que estejam em processo cirúrgico, caso a unidade não tenha geradores”, pontua Ionivaldo Almeida de Paula, engenheiro e coordenador ambiental da Cemig.

Ao atingir redes de distribuição, os incêndios podem provocar a queima de postes e cruzetas de madeira e, consequentemente, o rompimento dessas estruturas e de cabos condutores. A Cemig destaca que, além dos riscos para o setor elétrico, as queimadas prejudicam a visibilidade nas estradas, reduzem a produtividade da terra nas áreas de cultivo, provocam aumento da poluição e afetam a qualidade do ar. Os incêndios causam também inúmeros problemas ambientais e colocam em risco a vida de diversas espécies da fauna brasileira.

AVALIAÇÃO DOS GASTOS COM PREVENÇÃO E ORIENTAÇÕES

Para o coordenador ambiental da Cemig, o problema poderia ser minimizado se a sociedade já tivesse adquirido a cultura de não contribuir com as queimadas. “O dinheiro gasto com ações preventivas poderia ser aplicado em outros serviços que beneficiariam a população”, ressalta Ionivaldo. Os R$4 milhões de investimento, segundo a Cemig, serão aplicados na limpeza de faixa, com a poda de árvores e vegetações, execução de aceiro (uma espécie de barreira) ao pé das torres e aplicação de pintura antichamas nos postes de madeira em locais de risco.

A companhia aponta que as principais causas de incêndios florestais em Minas são a queima preparatória de pastos e de terrenos para plantio, especialmente em períodos de altas temperaturas e baixa umidade do ar, além da queima de lixos, tocos de cigarros jogados em beiras de estradas, atingindo a vegetação seca, e descargas atmosféricas.

O coordenador ambiental da Cemig ressalta que as queimadas podem ser realizadas apenas com a autorização do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que atende na central 0800 283 2323, Ibama ou órgãos competentes, e de forma controlada, com a construção de aceiros que impeçam a propagação das chamas. “Recomendamos que a população não jogue pontas de cigarro próximo a vegetação; apague o resto do fogo em acampamentos; e evite queimadas a menos de 15 metros de rodovias, de ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica”, finaliza.

PARA ONDE LIGAR?

A Cemig ressalta que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. De acordo com a legislação, o indivíduo que cometer o crime ambiental terá que responder a processo, com possibilidade de prisão, e deverá pagar multa pelo dano ambiental causado.

Em caso de incêndios, o cidadão pode notificar o Corpo de Bombeiros (193) ou as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais.




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