Mais de 50 servidores do setor de limpeza do Hospital Pronto Socorro (HPS) paralisaram suas atividades na manhã desta quarta-feira, 12, em protesto contra a falta de pagamento do salário, vale-transporte e vale-alimentação. Funcionários do mesmo setor da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, de algumas Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) da cidade, da Regional Leste, Pronto de Atendimento Infantil (PAI), e dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) também aderiram ao manifesto. Eles se encontraram no pátio do HPS e avançaram para a sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora e Região (Sinteac).
De acordo com presidente do Sinteac, Sérgio Félix, cerca de 170 colaboradores, que prestam serviço de limpeza para a rede de saúde do município, estão com os salários atrasados desde o dia primeiro de julho. Ele reforça que em dois anos de contrato, a empresa Mauro Botelho Silveira (MB), terceirizada de limpeza e conservação, com sede em Cuiabá (MT), vem atrasando no pagamento do salário e nos benefícios dos funcionários, e também no recolhimento do FGTS. “Diante da postura adotada pela empresa, instauramos uma ‘Operação Tartaruga’, com intuito de pressionar e fazer com que ela cumpra com suas obrigações”, ressaltou.
O proprietário da MB, Enilson Moura, explicou que uma ação trabalhista movida pelo Sinteac contra a empresa, bloqueou o dinheiro destinado ao pagamento dos trabalhadores. Segundo ele, um acordo com o Sinteac previa o pagamento da rescisão de um contrato de portaria, encerrados em maio junto à Prefeitura, por meio do sindicato para os funcionários. “O acordo foi feito, entretanto, o sindicato pediu o bloqueio judicial dos valores que recebemos da Prefeitura. Com isso, a verba que estava destinada para os funcionários da limpeza, também foi bloqueada”, afirmou.
Ainda de acordo com Moura, a prefeitura de Juiz de Fora (PJF) está cumprindo com o repasse para a empresa, e se empenha na resolução da situação. Ele informou que o próximo passo da MB é o pagamento dos funcionários, que está previsto para acontecer em até dois dias.
O Sinteac espera solucionar os problemas através de uma audiência de conciliação, que será realizada nesta quinta-feira, 13, e contará com a presença da PJF e da terceirizada. Os operários também prometem realizar uma “operação tartaruga”, e caso não haja acordo na reunião, eles podem começar uma greve a partir de sexta-feira.
Em nota, a Prefeitura comunicou que poderá efetuar o pagamento normalmente à empresa, estando no aguardo de notificação oficial da Justiça do Trabalho reconsiderando a ordem judicial que determinava o pagamento da empresa em juízo. Desta forma, a Administração entende que a situação está regularizada.