Minas Gerais registrou 3.729 casos notificados de sífilis adquirida, 1.357 casos de sífilis em gestantes e 710 casos de sífilis congênita, segundo dados registrados no primeiro semestre pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Por isso, a SES-MG reforça a importância do tratamento imediato da sífilis para o controle e enfrentamento da doença nas Unidades de Saúde, sobretudo na aplicação da Penicilina G benzeatina, desde que não haja contraindicações ao paciente, como alergias, por exemplo.
Utilizada para o tratamento da sífilis no Sistema Único de Saúde (SUS), a penicilina possui algumas recomendações quanto ao uso. Em função disso, no dia 14 de junho o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgou uma nota técnica que orienta os profissionais de saúde sobre a aplicação da injeção desse medicamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), desde que esses sigam os protocolos do Ministério da Saúde.
Devido ao receio dos profissionais de saúde em relação às possíveis reações adversas ocasionadas pela administração da penicilina, muitas vezes os pacientes eram encaminhados para serviços de referência, em vez de serem tratados nas Unidades Básicas de Saúde.
“Espera-se que a partir da nota técnica os profissionais de saúde de enfermagem possam atuar de forma efetiva no controle da sífilis no âmbito da atenção primária”, analisa a diretora de Políticas de Atenção Primária à Saúde da SES-MG, Mayla Magalhães de Sousa.
Para a segurança do profissional, durante a aplicação da injeção é de suma importância que o mesmo utilize as medidas de segurança preconizadas pelo Ministério da Saúde, tais como:
– higienizar as mãos,
– usar equipamentos de proteção individual (luvas),
– realizar a preparação e aplicação correta do medicamento,
– verificar, na presença do paciente, a validade, dosagem e se a via de aplicação estão corretas
– realizar o descarte seguro e em recipiente adequado dos materiais utilizados.
A participação dos profissionais de enfermagem no enfrentamento à sífilis é fundamental, pois ao atuarem nas Unidades Básicas de Saúde podem, a partir do diagnóstico da infecção, iniciar imediatamente o tratamento da doença. “Ampliação do acesso e agilidade no tratamento é primordial para o controle da doença”, afirma Mayla Magalhães.
TESTE RÁPIDO
Visando a ampliação do acesso ao diagnóstico o paciente poderá ser encaminhado para a realização do teste rápido, exame baseado na presença de lesões típicas na pele e mucosas disseminadas, além da coleta do chamado líquido cefalorraquidiano.
São testes de pesquisas de anticorpos específicos da sífilis. A pessoa infectada adquire o anticorpo, mas não a imunidade.
Os testes rápidos são realizados por meio da punção venosa e/ou coleta em polpa digital. Esses testes são de fácil execução e sua leitura simples possibilita a investigação da sífilis em locais sem infraestrutura laboratorial e podem gerar resultados em até 30 minutos.
Fonte: Agência Minas