Visualização de conteúdos impróprios pode causar traumas à crianças e adolescentes

Com o acesso à internet disponível a todos, qualquer pessoa pode acessar qualquer conteúdo na rede. Porém, nem tudo que é postado é apropriado para todas as faixas etárias. Logo, os pais devem estar cientes sobre os materiais que crianças e adolescentes acessam.

Segundo a psicóloga Cássia Sartori, os pais geralmente deixam os filhos acessarem o que querem, acreditando que com isso estão dando liberdade para eles. No entanto, Cássia orienta os adultos a estarem atentos ao que as crianças e adolescentes acessam, visando, com isso, protegê-los dos perigos oferecidos pela rede. “A internet tem aspectos positivos e negativos. Os positivos são as informações mundiais às quais todos têm acesso, e o negativo são as pessoas que usam da inocência da criança para ter acesso a elas”, afirma.

Além disso, é preciso que os pais deixem claro para os filhos que essa vigilância é necessária. “Os pais precisam entender que respeitar a privacidade não quer dizer que os filhos podem fazer o que quiserem”, explica a psicóloga.

De acordo com Cássia, as crianças e adolescentes sofrem inúmeras consequências quando vêem conteúdos indevidos na internet. “Eles sofrem uma queima na etapa do desenvolvimento quando tem acessos a conteúdos ligados a violência e sexualidade, pois vão saber de coisas que não estão preparadas para conhecer ainda. Cada fase tem o seu conhecimento”, explica.

Para os pais que não conseguiram prevenir o acesso das crianças à esse tipo de material, a psicóloga orienta a procura de ajuda profissional para os filhos. “As crianças que sofrerem algum trauma por acessar algum conteúdo impróprio ou indevido devem ser direcionadas para um psicólogo para tratar do problema, através de terapia”, afirma.

A locutora da rádio Premium FM, Elizabeth Marangon, é mãe de dois meninos, um de 11 anos e outro de 14. Ela diz que tenta sempre tomar cuidado com os materiais que eles acessam na internet. “Estou sempre de olho no conteúdo que está sendo visto e nas buscas que eles fazem, para verificar se são conteúdos apropriados para eles. Caso não sejam, não deixo eles acessarem”, afirma a locutora. “Eles jogam muito jogos online, então procuro sempre saber com quem eles estão interagindo, pois não se sabe a idade de quem está do outro lado da tela”, completa.

Elizabeth afirma que orienta os filhos a não acreditarem em tudo o que vêem na internet. “Ensino desde cedo a perguntar para nós, os pais, o que devem fazer antes de tomar alguma atitude na rede”, afirma. Além disso, a locutora diz que tenta sempre negociar com eles os horários de acesso à internet, tentando fazer com que priorizem os estudos. “É feito uma condicional: primeiro os deveres e depois a internet. Nem sempre dá certo, por eles insistirem em ficar mais tempo na internet”, conta.

PREVENÇÃO

Um site de busca denominado Kiddle bloqueia conteúdos impróprios e indevidos. De acordo com informações tiradas da página da ferramenta na internet, o Kiddle mantém o controle dos sites acessados pelas crianças no computador. O recurso utiliza a tecnologia de pesquisas do Google, mas não é um serviço oficial do site.

O visual é divertido e permite encontrar resultados na web, imagens, notícias e vídeos. Caso a criança busque palavras inapropriadas, aparecerá um alerta na tela do computador.




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