Entre as 50 melhores universidades brasileiras, apenas quatro são privadas. E a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ocupa a 19ª posição no ranking que conta com 37 instituições federais, das quais as mais bem avaliadas estão no estado de Minas Gerais. A avaliação foi divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), que forneceu o Índice Geral de Cursos (IGC) referente ao ano de 2015. Ao todo, 230 universidades e institutos federais estão na lista. Entre as mineiras, a UFJF é a quarta colocada.
De modo geral, o ranking mede a qualidade de instituições de ensino superior do país. Numa escala que vai até 5, a UFJF obteve IGC de 4 e IGC contínuo de 3,7180. O índice é medido com base em uma média ponderada das notas dos cursos da graduação e da pós-graduação de cada instituição.
O pró-reitor adjunto de graduação, Cassiano Caon Amorim, disse que até 2014 as universidades federais, em especial a UFJF, receberam aporte financeiro mais ostensivo, o que viabilizou o aperfeiçoamento dos processos de ensino. “Com uma série de investimentos do governo federal, até três anos atrás, conseguimos contratar mais docentes em dedicação exclusiva à Universidade, investir em laboratórios e diversas áreas de pesquisa, além de melhorar a infraestrutura do Campus de modo geral. Em conjunto com esses fatores, a nota do Enade e a existência de um quadro de servidores técnico-administrativos executando funções compatíveis com o cargo contribuíram para o resultado da avaliação do MEC”, ressalta o pró-reitor.
DESAFIOS E NOVAS CONQUISTAS
“Desde 2015, o cenário econômico brasileiro mudou muito. Será um desafio, não só avançar, mas manter essa posição da Universidade no ranking” explica Amorim, ressaltando que os recursos repassados pelo governo federal minguaram consideravelmente após 2014.
Em dezembro de 2016 foi sancionada a Lei 13.409, que altera a Lei de Cotas 12.711 de 2012, ao estabelecer que as pessoas com deficiência sejam incluídas neste modelo de ingresso nas instituições federais de educação superior do país. “A Universidade está trabalhando para acolher esses estudantes, que começam a estudar no segundo semestre deste ano. Apesar da diminuição do investimento do governo federal, no campo das universidades federais, temos um planejamento para manter a qualidade do ensino e agregar mais pessoas”, finaliza Amorim.