De acordo com o último balanço do Guia do Consumidor da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento (SAA), o preço médio da Cesta Básica Regional teve aumento de 3,19%, ficando em R$327,74. Este valor é superior a média do preço atualmente praticada para a Cesta Básica Nacional, que, embora tenha registrado aumento de 4,34%, ficou em R$313,64. Porém, em relação à penúltima pesquisa, realizada no dia 11 de maio, as cestas básicas de âmbitos nacional e regional apresentaram queda média de 4,51% e 2,49%, respectivamente.
O mais recente balanço da SAA aponta que o arroz tipo 1, um dos alimentos mais comuns na mesa dos brasileiros, apresentou uma variação de 92,7%, sendo encontrado entre R$7,78 e R$14,99. O feijão registra uma diferença menor, de 19,5%, comercializado no valor mínimo de R$3,89 e máximo de R$4,65. O tipo de carne que apresentou maior diferença foi a picanha, 127,9%, seguida da carne bovina moída de segunda, 127,1%. Entre os hortifrutigranjeiros, a maior variação foi da batata-inglesa lisa lavada, 333,7%, acompanhada da cenoura, 181,8%.
ALTAS E QUEDAS
Ao traçar um comparativo entre os dois últimos balanços divulgados pela SAA, os produtos que tiveram maior alta nas últimas quatro semanas foram feijão preto (+11,52%), farinha de trigo (+9,31%) e arroz tipo 1 (+ 9,01%). Já os produtos com quedas mais expressivas foram tomate (- 29,89%), banana prata (-17,33%) e batata inglesa (- 5,65%).
De modo geral, os itens com alta tendência de variação são leite, carne e batata. Já as hortaliças e frutas são os produtos que devem apresentar menor variação nos preços. “A tendência é de mais variação nos próximos meses. Há previsão de alta nos preços devido à inflação que continua pressionando o preço dos alimentos”, disse a SAA por meio de sua assessoria.
Os preços em alta não afetam apenas o consumidor, mas, também, os empresários atacadistas que produzem e comercializam as cestas. Fernando de Castro, proprietário do Varejão dos Cereais, diz que os constantes aumentos têm impactado seus negócios. “Embora tenhamos cestas que variam de R$40 a R$245, conforme a qualidade e quantidade de itens, os representantes das empresas para as quais realizamos a venda têm reclamado do aumento de vários produtos. Para tentar driblar essa situação nós costumamos fazer substituições por produtos de marcas mais baratas ou, até mesmo, retirar algum item mais caro da cesta”, explica o empresário.