Artesanato é alternativa para quem perdeu o emprego

A criatividade e a capacidade de se reinventar quando o assunto é artesanato, fazem com que os juiz-foranos se tornem referência nacional no assunto. Pelas diferentes culturas e influências e, até mesmo, pela facilidade de manusear a matéria-prima, os produtos estão cada vez mais atrativos, convidando um fluxo considerável de turistas para a cidade, movimentando a economia.

“A questão do desemprego fez com que muitas pessoas se vinculassem ao artesanato. Foi a solução para aumentar a renda. Além disso, é fácil de fazer e tem um baixo investimento”, comentou a artesã Rosângela Costa.

Em tempos de crise financeira, em que o comércio também registra queda nas vendas, o artesanato tem se tornado cada vez mais a alternativa para a renda extra. Na primeira quinzena de maio, a loja da Associação de Artesãos de São Mateus registrou lucro de R$2500. “Tivemos uma baixa nas vendas comparadas ao ano passado, assim como no comércio em geral. Na mesma época, fizemos mais de R$3 mil em 2016. No entanto, existe um ponto positivo: ninguém parou de vender, mesmo que em alguns casos o produto tenha saído com preço mais barato”, explicou Rosângela. “Os consumidores têm procurado o artesanato devido ao seu preço. Em Juiz de Fora, ele é muito variado, de boa qualidade e com preço melhor que os outros estados. Por isso, estamos vendendo para diversas regiões do país, como o Sul, São Paulo e o Nordeste”, completou.

A artesã reforçou, também, que uma maneira de ajudar às pessoas que ficaram desempregadas, foi a disponibilidade de cursos com valor acessível, em que alguns casos não chegam a R$30. “A pessoa que realiza o curso de artesanato, já faz uma peça, já vende essa peça e retoma o valor que ela investiu. Além do mais, não pensamos somente no dinheiro que esse indivíduo vai ganhar e sim, na saúde dele. Geralmente essa pessoa fica tão para baixo, que ela se desmotiva para procurar emprego. Quando ela entra no artesanato, ela recebe uma injeção de ânimo. A gente a coloca para cima e daqui a pouco, ela está novamente no mercado de trabalho e não abandona o artesanato”, destacou.

Rosângela também acredita que é preciso o apoio das autoridades para que o artesanato se torne ainda mais forte, contribuindo para o fortalecimento do turismo e da economia. “Com certeza, precisamos de um apoio. Em Juiz de Fora nem sempre encontramos os materiais para produzir o nosso trabalho. Geralmente temos que comprar de fora, o que eleva os custos com frete e o artesão não tem muito dinheiro para investir. A Prefeitura até tem feito algumas coisas para unir o artesanato e a cultura, entretanto, ainda é muito tímido. Esperamos que agora, com a percepção de que o artesanato gera riquezas e atrai o turismo, o investimento seja maior”, salientou.

A expectativa da artesã é o aumento das vendas. “Acredito que vai aumentar. Nossa economia aos poucos está se recuperando. A inflação começou a cair e aos poucos, vamos voltar a ter o sucesso do ano passado”, finalizou.




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