A Polícia Civil divulgou mais informações sobre a quadrilha que assaltou a empresa de transporte e segurança, Brink’s, no início do mês. De acordo com as investigações, estima-se que o grupo é formado por cerca de 30 integrantes e se destaca por sua extrema organização. “O grupo é dividido em núcleos, que se dirigem para onde o crime pode garantir grandes lucros. Eles cometeram um roubo no Paraguai, onde conseguiram levar R$40 milhões. A quadrilha tem o costume de migrar para onde o crime é rentável, e muitas das vezes os integrantes dos núcleos nem se conhecem. Eles querem é garantir o dinheiro”, afirmou o delegado Gustavo Barletta de Almeida.
As investigações também apontaram que os suspeitos já cometerem crimes em vários estados do Brasil, como Maranhão e São Paulo, entre outros.
PRISÕES
A corporação, em conjunto com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de São Paulo, prendeu, na última sexta-feira, 9, dois homens, 35 e 28 anos, em uma residência localizada no bairro Alvorada, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Eles são suspeitos de sequestrar o gerente da empresa, além de cometerem vários arrombamentos de caixas eletrônicos e cofres de grandes empresas.
Também foram apreendidos armas e munições de uso restrito, DVRs (aparelhos com imagens de câmeras de segurança) dos locais onde eram cometidos os crimes, furadeiras para arrombar cofres, além de R$120 mil reais em dinheiro e uma quantia em dinheiro de moedas estrangeiras.
“No dia 1º de junho, a quadrilha especializada em crimes de alto valor financeiro sequestrou o gerente da empresa Brinks, em Juiz de Fora, sua esposa, um casal de amigos do gerente, um segurança da empresa e mais cinco pessoas. Ao mesmo tempo, a outra parte da organização criminosa manteve em cativeiro a enteada do gerente, desta vez, na cidade de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte”, contou o delegado Felipe Freitas. “Eles passaram a noite inteira com eles e, pela manhã, foram até a empresa e subtraíram todo o dinheiro que estava no cofre”, completou o delegado. Durante a ação foram subtraídos R$9 milhões.
A delegada Sheila Oliveira ressaltou como a quadrilha é metódica ao planejar as ações criminosas. “Eles planejam as ações com seis meses ou um ano de antecedência, porque recebemos informações de que eles já tinham ido a Juiz de Fora algumas vezes, antes de cometerem o crime”.
De acordo com as investigações, os suspeitos compõem uma pequena parte da quadrilha e eram responsáveis pela logística, planejamento e execução das ações. As investigações continuam no intuito de prender o restante da quadrilha.
Fonte: Assessoria