A importância da biblioteca escolar para o acesso à leitura de crianças e jovens

É fato que crianças e jovens que gostam de ler, e automaticamente apresentam melhor desempenho escolar, escrevem melhor, possuem maior senso crítico, mostram mais criatividade e conseguem fazer mais conexões com o contexto em que vivem. Nos dias atuais, na era dos smartphones e aplicativos, a tarefa de criar o hábito da leitura está cada vez mais desafiadora. E é aí que entra o papel das bibliotecas como protagonistas no resgate da leitura como fonte de conhecimento e também de entretenimento.

De acordo com o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, o Brasil possui 6.102 bibliotecas públicas municipais, distritais, estaduais e federais, espalhadas nos 26 estados e no Distrito Federal. A região Sudeste está à frente das demais regiões com 1.958 cadastros sendo que Minas Gerais conta com 888. Juiz de Fora possui duas bibliotecas cadastradas, a Biblioteca Pública Municipal Murilo Mendes e a Biblioteca Sucursal Delfina Fonseca Lima. No entanto, o cadastro não contempla as bibliotecas que estão dentro das escolas, colégios e faculdades.

“Apesar de minha família não ser muito ligada à leitura, desde criança sou fascinada pelos livros. Gosto da leitura por prazer e não por obrigação, gosto de tomar sorvete e visitar as livrarias e bibliotecas”. É assim que Gisele Simões, 30 anos, auxiliar de Biblioteca no Colégio Stella Matutina, em Juiz de Fora, começa a contar a sua história de amor com os livros.

Ela começou a trabalhar no Stella Matutina em 2013 como auxiliar pedagógica e já em 2014 assumiu a missão de reestruturar a biblioteca da escola. “O nosso acervo era fechado e a organização não atraia os jovens para a leitura. Começamos renovando o espaço físico, tornando-o mais atraente e aos poucos fomos revitalizando o acervo”. A reformulação foi acompanhada da implantação de um software para apoiar no gerenciamento do acervo, controle da rotina de empréstimos, acompanhamento dos usuários, solicitação de reserva, sugestão e comentários sobre os livros.

Desde 2016, ela faz parte de uma rede social de leitores, conhecida como Skoob. Essa rede social fornece indicadores e um ranking dos maiores leitores. “Estou em 1.344º no ranking, com 10.600 páginas lidas, totalizando mais de 40 livros até agora. Minha meta para esse ano é ler o máximo de livros possível e para isso leio em todos os lugares, na fila do banco, no ônibus, em casa, sempre que tenho um tempo disponível”.

De acordo com Gisele, é preciso dar ao aluno a oportunidade de conhecer esse mundo mágico e a biblioteca deve ser um ponto de encontro. “Lá os conteúdos trabalhados em sala de aula são potencializados. Não precisa de coisas extraordinárias, basta dar sentido fazendo conexões com o mundo real. Também é possível utilizar outros recursos como contações de história, vídeos e competições de leitura”.

A Biblioteca Mágica do Stella Matutina

Hoje, o acervo da Biblioteca do Stella Matutina conta com aproximadamente 4.000 livros, entre os didáticos, que são utilizados para o ensino das disciplinas, e os paradidáticos, que são aqueles que possuem uma temática específica e são utilizados para trabalhos dento da sala de aula. São livros que falam sobre tribos indígenas, questões sociais, família, relação com a terra, conflitos políticos, relação com outros povos, culturas diferentes e temas da atualidade.




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